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Quem se lembra do Seu Dió? Livro recorda desse baiano

Cairo de Souza Castro, em mais um capítulo do livro Peneiras e Bateias, fala de figuras de nossa história.

Vamos à leitura:

Deoclécio Coutinho, outro baiano que legou bastante em pouco tempo.

De uma personalidade marcante, seriedade superior à normal, exemplar cabeça de casal, perfeito genitor de uma prole que dele guarda sublimes recordações, foi esse cidadão um baluarte na vida de Iporá.

Baiano, trazia no sangue o exemplo de uma criação antepassada, onde o respeito, a humildade e a honestidade eram circunstâncias forçosas e mais que necessárias na vivência dos homens.

Alicerçado nesses sustentáculos, prismas com os quais agora descansa em derredor aos justos, nessa magna personalidade iporaense, que não poderia ser outra senão o estimado, querido e saudoso Deoclécio Coutinho, conduziu sua prestimosa família nas veredas do bem, do amor e da probidade.

Deoclécio Coutinho era popularmente conhecido por Seu Dió ou seu Diozinho. Comerciante por muitos asnos em Iporá, seu armazém era a típica casa onde poderia ser encontrado praticamente de um tudo, se bem todavia que para vendas a varejo, jamais atacado.

Ainda hoje me recorda sua fisionomia sisuda, melancólica não seria o termo porquanto muitas vezes o vi alegre, de euforia singular é bem verdade.

Em antes,- digo assim para explanação posterior- sem dúvidas que Seu Diozinho mantinha maior satisfação, gosto acurado, permanência de contentamento, no entanto, desde que viu seu filho Artur Coutinho morto, falecimento prematuro, ocasionado à custa de reincidência de mal infeccioso, tifo, febre amarela, maleita, quem sabe a icterícia!, tudo isto acoplado de uma só vez levou ao túmulo seu mais novo.

Sabe-se, porém, que a morte assim procede para deixar evasiva, desculpa incoerente, mas a verdade é que o dia final havia chegado e Deus o tomou para um mundo mais evoluído; missão cumprida, tarefa concretizada, só o retorno junto ao Pai é o que almeja o espírito, a matéria se decompõe, vira pó, lama, adubo para outras vivências neste orbe imperfeito.

Desde essa memorável data, Seu Dió conheceu a tristeza, uma hipocondria diuturna, companheira inseparável. Seus demais filhos tudo fizeram para amenizar a dor sentida, apagar da lembrança tão funesta recordação. Externamente, conseguiram em parte, todavia, aquilo que infiltra no âmago das pessoas nunca é destrinchado, jamais esquecido.

Deoclécio Coutinho, hoje inerte em campa fria, pode e deve orgulhar-se de seus queridos filhos, homens e mulheres que muito bem honram o nome de um pai respeitável, digno, afetuoso e probo.

A cidade de Iporá perdeu um grande homem com sua falta. A família perdeu a convivência de um tronco perfeito.

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