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Morre Dahir Evangelista, nome importante na educação de Iporá

Aos 84 anos, faleceu ontem, terça-feira, 6, às 19:15 horas, em  Iporá, a senhora Dahir Evangelista de Araújo, um nome importante na educação em Iporá, com muitos anos de dedicação ao ensino público. 

Ela teve toda uma vida dedicada a educação, principalmente no Colégio Estadual Elias Araújo Rocha. Com a irmã Nair, empreendeu no pensionato que funcionou em Iporá. Dahir, depois de se graduar para o magistério e em curso de Letras, dedicou 29 anos para o ensino público (Escola Dom Bosco e Colégio Estadual de Iporá e que depois se tornou Colégio Elias Araújo Rocha). Dahir atuou em práticas inovadoras de hipnose e acumputura.

Desde vários anos, estava aposentada. Morreu de enfisema pulmonar.  Dahir foi sepultada na manhã desta quarta-feira, depois de velório no Salão da Pax Brasileira, no centro da cidade, Rua Inhumas. 

Tanto Dahir quanto toda família dela, tem nome intimamente ligado a História da cidade. Ela é filha de Joaquim Lucas Evangelista, o Joaquim Berto, que por sua importância para a cidade, virou nome de escola e de rua.  Joaquim Berto, em parceria com Israel Amorim, construiu a hidrelétrica no ribeirão Santo Antônio e que por mais de 20 anos iluminou Iporá, até início da década de 70.

História da Família

Joaquim Lucas Evangelista se tonou nome de uma das principais ruas da cidade, que cruza todo o centro da cidade, e se tonou também nome de uma escola, mas dessa vez com o sobrenome carinhoso que membros da família tinha. A Escola Estadual Joaquim Berto está também no centro da cidade. Esse nome é do pioneiro Joaquim Lucas Evangelista. Berto era um sobrenome que costumavam dar aos membros da família. Joaquim Lucas veio de Guapó e sua vinda foi decidida depois de ter se entristecido de ter ficado viúvo de Ricarda Araújo. Era fazendeiro naquela região e tinha também uma outra propriedade no município de Paraúna. No início da década de 40, aquele viúvo iniciou sua aventura por esta região e se tornou uma pessoa importante nesta terra, homem que era de boa instrução, que lia bons livros, que tinha visão e era empreendedor. Enquanto seu filhos estavam em Guapó, comprou e iniciou o trabalho em uma grande propriedade na Fazenda Jacuba. Em 1949 os filhos vieram. Joaquim Berto teve um grande entrosamento com a comunidade local, contribuindo de diversas formas para a cidade que tinha início.  Já por volta de 1946, junto com o líder político Israel Amorim, era pessoa importante na construção de uma hidrelétrica no ribeirão Santo Antônio e que por mais de 20 anos iluminou Iporá. Foi dono de uma cerâmica que funcionou no lado oeste da cidade e de uma máquina de beneficiar arroz. Ajudou a fundar a primeira loja maçônica da cidade. Eram tempos iniciais da cidade e estes empreendimentos ou novas instituições davam avanço para a nova cidade. A descendência de Joaquim Berto foi também importante para a formação da sociedade iporaense. Sua filha mais velha foi Maria Geralda de Araújo, que se casou com o lavrador Claudimiro. Elói Pereira de Araújo (Elói Berto), o segundo filho, era fazendeiro e maçon e casou-se com Coracina.  Divino José de Araújo (Divino Berto) foi comerciante que deu continuidade na máquina de beneficar arroz do pai, na esquina da Rua Francisco Salles com a Avenida Dr. Neto. Foi ele que fez de uma área rural de sua propriedade, surgir o Bairro do Sossego, que era parte de suas terras de antes.  Divino Berto casou-se com Maria Rosalina Gomes, filha de Octaviano Gomes, e que foi professora muito atuante em Iporá, mulher arrojada e que era vista a dirigir um jeep pelas ruas da cidade, hábito inusitado. Da união deles nasceram 8 filhos. Dentre estes, o Ariston que se tornou advogado e empreendedor em faculdades privadas. Uma das que ajudou a fundar doi a Faculdade de Iporá (FAI). Outro filho de Divino Berto e a professora Maria Rosalina é o Paulo Araújo, artista plástico. O quinto filho de Joaquim Berto e Ricarda foi o José Pereira de Araújo (Zico Berto) que era fazendeiro, grande produtor de leite, maçom e que se casou com Laci Alves Pedra. Duas das filhas, ambas solteiras, foram de ações importantes na cidade: Nair e Dahir. Ambas empreenderam em Iporá no pensionato que funcionou no local onde hoje é a AABB. Ali, filhos de quem estavam nas fazendas a trabalhar, em idades entre 6 e 19 anos, tinham abrigo para estudar na cidade. O empreendimento foi marcante para muitos nesta terra. Ao lado do mesmo local, Nair empreendeu também em uma granja que muito contribuiu com a cidade, na geração de muitos empregos e na exportação de ovos e carne de aves. Além disso, foi liderança da Igreja Católica. Quanto a Dahir, depois de se graduar para o magistério e em curso de Letras, dedicou 29 anos para o ensino público (Escola Dom Bosco e Colégio Estadual de Iporá e que depois se tornou Colégio Elias Araújo Rocha). Dahir atuou em práticas inovadoras de hipnose e acumputura. Outra filha de Joaquim Berto teve o mesmo nome da mãe: Ricarda. Esta, ainda jovem, conheceu o baiano Júlio Herberto da Costa Pinto, um médico que vinha a esta região para curar as pessoas e era dos poucos a exercer esta profissão nesta região, atendendo nas casas, quando a localidade ainda não tinha hospital. Ricarda foi esposa de um homem importante para Iporá. Dr. Júlio chegou sozinho e aqui, além da medicina que fazia com amor, se tornou fazendeiro e foi eleito vereador e chegou a presidente da Câmara Municipal de Iporá. O filho caçula de Joaquim Berto teve o nome de: Joaquim Lucas Goiano de Araújo. Este optou por vida em Goiânia, onde se tornou farmacêutico e professor universitário. Ao se entrosar tanto com a sociedade iporaense, o patriarca Joaquim Berto encontrou a Maria Cardoso de Araújo (Nenem) e a acomodou em seu viuvez, em um segundo casamento dele, do qual ainda nasceram dois filhos: Eleuza Regina de Araujo, professora que se casou com Volnei de Souza. O outro filho teve nome que mostrou toda criatividade e inspiração de Joaquim Berto. Seu filho se chamava Goiás Americano do Brasil, que se casou com a Marizilda e foi empresário em Goiânia. Quanto ao patriarca Joaquim Berto, que tanto contribuiu com Iporá, faleceu com pouca idade, ainda antes dos 60 anos. 

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