O distanciamento do deputado federal João Campos, do PRB, do grupo governista, já fez com que todos aqueles que eram ligados a ele e que tinham cargo em nomeação no Governo, fossem exonerados em um ato de José Eliton, assinado e publicado na semana passada. Em Iporá, o ato atingiu o coordenador regional de educação, professor Jerônimo Brito. Ele está afastado do cargo. E o cargo, vago.
Um grande grupo político decidiu por aliar a Daniel Vilela, pré-candidato a governador do MDB. Dentre estes que fizeram a movimentação partidária de saída da base governista e adesão para a coligação adversária, está o PRB, no qual o deputado federal João Campos e pré-candidato ao mesmo cargo, é a maior liderança.
João Campos tinha muitos de seus seguidores em cargos pelo interior de Goiás. Em Iporá, cidade onde foi o deputado federal mais votado em 2014, fato que lhe deu primazia para indicar chefes de órgãos públicos, tem Jerônimo Brito. O decreto de exoneração atingiu também ao professor. Embora em plena atividade de organização dos jogos estudantis, sofreu o afastamento a nível de documentação, mas mantém-se concluindo os afazeres do grande evento. Mesmo hoje, na segunda-feira, está no desfecho desta tarefa.
Jerônimo Brito é muito ligado a João Campos, bem como ao Pastor Ataul Alves Rosa, de quem o professor é cunhado. O filho de João Campos, Tiago Campos, que faz política em Iporá, é casado com a filha daquele líder religioso. Portanto, o entrelaçamento é forte entre eles.
Políticos de Iporá reagiram contra a exoneração do coordenador de educação. O prefeito Naçoitan Leite fez um ofício ao governador reclamando pela recondução de Jerônimo Martins ao cargo. O prefeito é do PSDB, partido de José Eliton. O pedido dele pode reverter a situação.
A reportagem falou com Jerônimo Brito, o qual salientou que está tranquilo, no aguardo da decisão que for tomada. Afirmou que esta segunda-feira está em trabalho, uma vez que existem muitos acertos a serem feitos com relação aos jogos estudantis. Disse ainda que se tiver que sair, vai entregar o cargo normalmente ao seu sucessor.