Noticia o blog http://jornalanossavozbj.blogspot.com.br/ que Cleudes Bernardes da Costa, O Baré (PSDB), já administra a cidade para a qual foi eleito em outubro do ano passado. Sua reintegração ao cargo se deu ontem à tarde, segunda-feira, 4.
Seus partidários lotaram a Câmara para recebê-lo e dar a ele nova posse. Baré ficou 32 dias fora da Prefeitura, período em que o segundo colocado nas eleições, Naílton de Oliveira (PMDB), esteve administrando.
A reportagem do OG falou com Naílton de Oliveira na sexta-feira passada, primeiro. Ele disse-nos que iria entrar com um agravo regimental para ter o cargo de volta, já que a decisão que beneficia Baré é de caráter provisório. o ministro João Otávio de Noronha, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), concedeu na quarta-feira passada, 30, liminar em ação cautelar determinando o retorno do prefeito de Bom Jardim de Goiás, Cleudes Bernardes da Costa (PSDB).
O caso
Cleudes foi denunciado pela promotora Vânia Marçal de Medeiros como tendo praticado “captação ilícita de votos” (compra de votos) ao permitir que fosse feita regularização fundiária de lotes durante o período eleitoral. Em abril o relator do processo no TRE-GO , Airton Fernandes de Campos, havia rejeitado as acusações do MP, ao considerar que ele não agiu de forma ilegal e que a “vontade soberana da população manifestada nas urnas deve ser respeitada”. Em seu longo relatório o juiz Airton frisou que “o conjunto de provas juntado aos autos demonstrou claramente que os atos foram praticados de forma legal e sem nenhuma conotação de utilização com fins eleitoreiros”.
No recurso para o TRE o advogado de Baré justificou que os processos de regularização dos lotes foram feitos sem a presença do prefeito e que não em nenhum momento se buscou dividendos eleitorais com os procedimentos. “Gestões passadas, quando foram prefeitos Nailton Oliveira (PMDB) e Manoel Luiz, doaram lotes para pessoas carentes em um bairro chamado Setor Alvorada. Em alguns casos foram doados até cinco lotes a um só beneficiário, sem que as autoridades tomassem conhecimento e a coisa corria sem controle”, frisou o advogado.