Covardemente assassinado em 15 de maio de 2008, em praça pública de Arenópolis. Desde então, muita saudade de quem era atuante em vários segmentos: esporte, política, maçonaria, cultura e médico que presidiu a Unimed.
O tempo passa, a vida corre, cada um segue construindo a sua história. Ora celebrando as conquistas, ora assimilando as derrotas. E assim completam-se gradativamente os ciclos da vida. Nenhum deles sem batalhas, mas sempre com desafios e necessárias superações.
“Mas e a vida o que é? O que é? Diga lá meu irmão… Há quem fale que é um divino mistério profundo, é o sopro do Criador, numa atitude repleta de amor…” (trecho da música “O que é, o que é”, de Gonzaguinha).
É neste sopro do Criador que vivemos momentos de felicidade plena, quando tudo está completo.
Outras vezes nos deparamos com extremas adversidades, a exigirem de nós um esforço sobrenatural para suplantar tais situações sem perder a serenidade, o auto controle, a direção.
A breve e tão grata existência física de Leandro Neto proporcionou a cada um de nós, seus familiares, momentos de intensa felicidade.
Leandro foi sempre alegre e conciliador. Viveu intensamente neste mundo, correu contra o tempo para cumprir com toda dedicação sua nobre missão, sentindo-se muito feliz ao final de cada jornada de trabalho bem sucedido.
Sua vida foi marcada por atuações de bem. Seu jeito simples de ser e viver, sua música, a colaboração no meio cultural e esportivo, tantas amizades cultivadas ao longo do tempo, as demonstrações de afeto e dedicação no ambiente familiar, o sorriso constante, as batalhas vencidas, os planos que não puderam se concretizar… Tudo isso era próprio deste ser especial que nunca se curvou diante das dificuldades.
Dentre tantas coisas, a sua dedicação extrema ao seu pai quando este ficou muito doente foi algo admirável. Suspendeu as suas atividades para de dedicar somente a ele, acompanhando-o a todo instante, tanto na função de médico como no papel de um bom filho.
Lembramos com alegria também do quanto ele se emocionou e comemorou quando seu sobrinho José Neto acordou de um estado de coma na sua presença, ouvindo o seu chamado e as suas palavras de força, um mês após um grave acidente de carro.
Recordamos com muito carinho das festas natalinas e dos aniversários que celebrávamos em família, das reuniões aos domingos, das conversas, das brincadeiras, da suas canções ao som do violão.
Quantas alegrias vivemos nas nossas viagens, na maioria das vezes improvisadas, a fim de aproveitar cada espaço de tempo livre, sempre tão agradáveis e divertidas.
Por diversas vezes, durante os jogos de copas do mundo, reuníamos em casa a família e amigos para torcermos pelo Brasil. Outras vezes fomos ao Maracanã, ao Serra Dourada, ao Ferreirão, sempre torcendo pelos seus times do coração.
Com certeza Leandro nos deixou infinitas saudades, inúmeras recordações, vários legados de bem.
Somos gratos a Deus pela sua vida, agora transcorrendo em outra dimensão; e, gratos também por ele fazer parte tão importante da nossa história.
Ensina-nos o Pe. Fábio de Melo, que, “a saudade eterniza a presença de quem se foi. Com o tempo esta dor se aquieta, se transforma em silêncio que espera, pelos braços da vida, um dia reencontrar.”
Completam-se cinco anos da sua trágica partida. Então, a dor que fica não pode ser definida com palavras. É sentida e multiplicada a cada ato de insensatez humana, a cada ato de descaso dos órgãos competentes, a cada constatação de que a impunidade é fato repugnante e incontestável; pois esta é sem dúvida, a realidade desumana em que vivemos.
Familiares de Leandro de Almeida Neto.