Nos últimos meses foram registrados assaltos a mão armada em Iporá em número nunca antes verificados. O último foi contra empresário do ramo de peças de automóveis. Essas ações relâmpagos dos marginais quase sempre ficam impunes. Os assaltantes fogem instantaneamente. Dos assaltos ocorridos em Iporá, principalmente no período noturno, não houve nenhuma prisão em flagrante realizada pela Polícia Militar. A Polícia Civil prendeu em flagrante dois indivíduos que assaltaram um correspondente bancário porque o fato deu-se durante o dia e devido às peculiaridades do caso (uma vítima haver reconhecido e definido quem seria um dos assaltantes por conhece-lo anteriormente). A única forma que se consegue a punição, quando não há prisão em flagrante, é fazendo um árduo trabalho de investigação para identificação dos ladrões, que muitas vezes assaltam com o rosto coberto.
A reportagem do Oeste Goiano foi falar com o delegado Ronaldo Pinto Leite sobre o assunto. Ele relata que está havendo em Goiás a interiorização do assalto a mão armada. “É um delito que deixa de acontecer somente na capital do Estado e chega ao interior, onde nem sempre o policiamento está aparelhado para um efetivo combate, principalmente, devido a escassa quantidade de policiais”, diz o delegado.
Sobre as condições em que a Polícia Civil trabalha na região, Ronaldo Pinto Leite fala de sua área de atuação. Ele é delegado de quatro municípios (Iporá, Amorinópolis, Diorama e Montes Claros de Goiás), além de também ser do GENARC . “Só dois agentes de polícia estão atualmente trabalhando para atender estes municípios nas investigações relacionadas a crimes contra o patrimônio, contra a vida e outros”, informa Ronaldo. Diante de tal quadro, fica evidente que a Polícia Civil, mesmo com a dedicação total de suas equipes de investigadores e escrivães, não está devidamente aparelhada para essa interiorização do assalto a mão armada.
Esses crimes em Iporá começaram a ocorrer, principalmente, a partir do mês de maio deste ano. Foram 15 crimes no total. Nas cidades circunvizinhas também estão ocorrendo crimes da mesma espécie. A intensificação dos crimes em Iporá tem relação direta com presos que adquiriram o direito de sair do regime fechado para o semi aberto, principalmente, relacionado a um preso especificamente, que atualmente possui mandado de prisão e que depois que saiu para o semi aberto nunca voltou para pernoitar no presídio, estando ele envolvido em pelo menos um assalto em Montes Claros, um em Guiratinga-MT, dois na Comarca de Caiapônia e em quantidade indefinida, na Comarca de Iporá. Trata-se WEVERTON NASCIMENTO DA SILVA, que está foragido, após seus comparsas RODRIGO FRANCISCO SILVA DE SIQUEIRA e VICTOR GUILHERME SANTOS SALES, vulgo “MACAQUINHO”, serem presos na cidade de Montes Claros de Goiás.
WEVERTON tem mandado de prisão preventiva expedido pelo Poder Judiciário da Comarca de Iporá, da Comarca de Montes Claros de Goiás, sendo que sua prisão também será representada em Guiratinga-MT pela Delegada Local. A Polícia Civil de Caiapônia também, provavelmente, representará pela decretação da prisão de WEVERTON.