Um incêndio no Fórum de Iporá, ocorrido em 29 de maio passado e que para aquela ocasião era um grande mistério, foi desvendado e presos os incendiários. Só falta saber a mando de quem atearam fogo. Foram presos Ruan Carlos Guimarães e Weder Silva Lisboa, o Erê.
Desde que o crime ocorreu que as investigações não cessaram. Naquela data, durante a madrugada, o segurança do Fórum percebeu um incêndio em uma das salas dos juízes e acionou o Corpo de Bombeiros que conteve as chamas. Após essa contenção, percebeu- se que uma das janelas fora arrombada, ficando claro que era ação criminosa.
A partir de então iniciou-se a investigação para tentar descobrir a autoria desse crime grave, que destruiu vários processos judiciais, móveis e utensílios. As câmeras de segurança do prédio não estavam funcionando na data e provas periciais foram perdidas com a ação do fogo, o que dificultou ainda mais as investigações. No entanto, os trabalhos policiais foram feitos e concluídos.
A Polícia Civil conseguiu descobrir um posto de gasolina nessa cidade onde foi adquirido combustível de forma avulsa durante a noite do crime. Logo, funcionários desse posto reconheceram a pessoa de Ruan Carlos Guimarães como sendo essa pessoa que comprou o combustível. E testemunhas viram o mesmo próximo ao local do incêndio, logo após a contenção do fogo, na companhia de Weder, vulgo Eré.
Essa dupla se conheceu no presídio quando estiveram presos juntos por outros crimes, sendo que ambos já possuem várias passagens policiais, como tráfico, furto e roubo. Durante as investigações que apuravam esse crime de incêndio, Ruan foi preso em flagrante mais uma vez pelo crime de tráfico de drogas. Após representação, o Poder Judiciário decretou a prisão preventiva de Ruan e Weder pelo crime de incêndio, para que fosse finalizada as investigações. O inquérito foi concluído e remetido ao Poder Judiciário com autoria definida. Os dois foram indiciados pelo crime previsto no artigo 250 do Código Penal, com pena de até 6 anos.
O delegado de Polícia do Município, Ramon Queiroz, diz estar de parabéns toda a equipe de policiais que atuaram nessa investigação, com ações que demandaram trabalho complexo, com diligências de várias espécies, identificação de prova testemunhal, trabalho de campo e análise de dados de vários suspeitos.
O trabalho agora é de se chegar aos motivos para o incêndio e de se conhecer o mandante interessado no assunto.