O advogado Palmestron Francisco Cabral, que atua na defesa de Horácio Rozendo Neto, acusado de ter matado a esposa Vanessa Camargo em 31 de julho passado, procurou a imprensa para informar que uma outra perícia foi feita em relação ao crime. A defesa contratou uma perito particular, de nome José Donizett D. e Silva, profissional de classe especial aposentado. Segundo o advogado, este é profissional respeitado, membro fundador do Grupo Especial de atendimento a local de crimes contra a Pessoa. Advogado com OAB Goiás desde 1989. Tem licenciatura plena em ciências pela PUC Goiás e pós graduação em gerenciamento de Segurança Publica pela UEG.
Esse perito chegou a conclusões diferentes daquelas afirmadas por Pedro Arcanjo, da Polícia Científica. Segundo Palmestron, novos resultados de perícia já foram protocolados na Justiça, junto ao processo, que tramita na Comarca de Iporá. O advogado chega a afirmar que é preciso fazer uma acareação entre os dois peritos para se chegar a verdade sobre a forma como Vanessa Camargo foi morta.
Para o advogado Palmestron Francisco Cabral Horácio Neto é inocente pois não há evidências claras que demonstrem sua culpabilidade. Palmestron diz que a perícia oficial forçou as evidências em desfavor de seu cliente. Dentre as conclusões do perito José Donizett, constam as seguintes:
– O trabalho oficial falhou em não fazer uma perícia determinativa na parte digital do veículo. A alegação de que muitos tocaram no veículo, segundo o advogado, não justifica que isso não tenha sido feito. “Teria que se saber se Horácio dirigiu o carro por último”, diz o advogado.
– A nova perícia contratada não vê como o carro tenha sido deixado estacionado de forma normal, citando que este esteve embarrigado e com danos, e teve que ir a uma oficina para reparos, o que mostra uma forma apressada de o abandonar nas margens da estrada.
– Cita que até uma pequena árvore teve que ser destruída com facão para que a vítima pudesse ser retirada do veículo, o que mostra que o carro não foi estacionado de forma convencional. O perito oficial não evidenciou isso.
– A nova perícia salienta que a vítima não foi atirada enquanto dormiu, até porque, levou o tiro na altura do lixão de Iporá (estrada para Ivolândia) e foi encontrada na mesma posição, certa distância à frente, de tal forma que não poderia ter sido transportada por certa distância, mantendo-se na mesma posição.
– A nova perícia evidencia o fato de uma bala ter sido encontrada no local onde estava o corpo, somente 17 dias depois que o perito oficial esteve no local. A defesa reclama que isso mostra que a avaliação do carro foi feita açodadamente, de uma forma que não ajuda a investigar melhor. É dito que a bala precisa ser agora periciada.