No fim da tarde desta segunda-feira, 30, a população de São Luís de Montes Belos ficou em choque com as cenas de um animal sendo arrastado, preso no rabicho de um veículo, em uma via da cidade. A reação foi de indignação e revolta. O fato aconteceu na Rua Marajó, Setor São José, área central da cidade.
Não satisfeitos com o que viam, populares resolveram seguir o veículo com o objetivo de fazer cessar a sessão de maus-tratos cometidos contra aquele animal. Momentos depois o veículo foi alcançado. A condutora, a servidora pública Zélia Lúcia de Medeiros Linhares, 58, (foto: Facebook), parou e pegou a cadela e a colocou no interior do carro, um Jeep Renegade. Após uma discussão com algumas pessoas, ela levou a cadela para um Pet Shop.
A Polícia Militar foi acionada e ao ser informada sobre os dados do veículo, localizou e compareceu à residência da condutora, que já estava à espera da equipe policial.
Aos policiais ela disse que não maltratou a sal cadela, da qual, segundo ela, gosta muito. Zélia Lúcia justificou ter puxado o animal dizendo que a cadela está no cio e sangrando muito. Ela justifica ainda afirmando que andava devagar para não ferir o animal. A Polícia Civil também entrou no caso.
O delegado Dr. Luiz Fernando Ribeiro instaurou um inquérito policial para averiguar as circunstâncias dos fatos. Para a Polícia Civil a servidora Zélia Lúcia de Medeiros Linhares em depoimento prestado na tarde desta terça-feira, 31, deu outra versão.
De acordo com o delegado, ela relatou que naquele dia havia marcado banho para a cachorra em um pet shop, próximo a sua casa, mas como o animal não queria entrar no veículo, ela pensou que não teria problema levá-la em uma coleira amarrada no engate, pois, segundo ela, o local é muito próximo de sua residência e indo devagar a cachorra não se cansaria.
Zélia teria ressaltado ainda que nunca maltratou a sua cachorra e nunca pensou em fazer mal a ela, tendo ela apresentado fotografias e exames de rotina do animal, que comprovariam a sua versão.
Questionado se a servidora pública será autuada pelo crime de maus-tratos, Dr. Luiz Fernando diz que as investigações ainda estão em andamento e que até o fim da semana deverá finalizar o inquérito, mas que neste momento ele considera inadequada a forma que a cachorra foi transportada em via pública.
Segundo ele, ato que pode caracterizar o crime. Esta reportagem não obteve a informação sobre a qual órgão público Zélia Lúcia é lotada. Ela foi procurada por mais de uma vez para falar sobre o caso, mas até o fechamento da matéria ela não retornou aos nossos contatos. O espaço fica aberto caso ela ou alguém, em nome dela, queira falar com o A Voz do Povo.
Por: Edivaldo do Jornal