Situação e oposição em Caiapônia debatem sobre a saúde pública ofertada a população. Para vereadores, a constatação é de que faltam médicos no Hospital Municipal. Mas o prefeito Caio Lima afirma que o que ocorreu foi que a demanda aumentou.
A cidade vive um drama em relação a Dengue e o prefeito admite isso, mas afirma que o problema é a nível estadual. Anteontem, quarta-feira, 14, vereadores de oposição em Caiapônia fizeram uma visita ao Hospital Municipal Adão Nazir para que, no papel deles de representantes do povo, constatassem as condições da saúde pública oferecida ao povo caiaponiense. Estiveram no local Heber Martins (Presidente), José Neto, Iara Dalila, Walério Rodrigues, Benjamin Sobrinho e José Bernardes.
Estes vereadores avaliam que a cidade de Caiapônia vive descaso na saúde pública, em pleno surto de dengue, momento quando faltam médicos no hospital para atender a população! Segundo eles, diante de tanto descaso, caiaponienses foram aos vereadores pedir socorro.
Os representantes do povo acompanharam de perto o atendimento naquela unidade de saúde e, segundo eles, verificaram várias pessoas na espera de atendimento médico e um alarmante número de casos de dengue no município.
Ao conversar com os profissionais responsáveis pela direção técnica e direção administrativa, foi constatado que a falta de médicos é o maior problema enfrentado, deixando assim, muitos moradores sem atendimento. Os parlamentares foram informados que esse problema será sanado em breve. Alguns profissionais que, há anos prestam serviços a saúde do município, confidenciaram que este surto de dengue nunca tinha sido registrado nos últimos 30 anos. Já aconteceram 3 óbitos em Caiapônia com suspeita de dengue hemorrágica e outros 4 estiveram na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em estado grave por dengue!
Afirmaram os vereadores para esta reportagem que é constitucional que saúde é direito de todos e dever do estado, mas infelizmente não é isso, que está acontecendo em Caiapônia, por isso eles, os vereadores, estiveram fiscalizando, lutando e cobrando ações do prefeito municipal Caio Lima e investigando os recursos do município para saber se os mesmos estão sendo devidamente aplicados pela Prefeitura para a promoção do bem estar e uma saúde mais digna e humana para população caiaponiense.
Prefeito Caio fala com o OG
Sobre o assunto, Caio Lima (PP), prefeito de Caiapônia, falou com o Oeste Goiano. Afirma que realmente a gestão está tendo muitos problemas no controle da Dengue e, principalmente, na mão de obra para a limpeza pública. Relembra que mandou o pedido para a Câmara de um processo seletivo e eles o autorizaram somente por três meses, com a possibilidade de mais três e assim por diante. Fala dos três óbitos por Dengue, mas ressalta que ninguém faleceu no Hospital. Afirma que os encaminhamentos foram feitos e as famílias, segundo ele, entenderam que a equipe está 100% dedicada no bom atendimento.
O prefeito assegura que não faltam remédios, nem outros produtos e que foram adquiridas, em regime de emergência, mais 8 cadeiras para a soroterapia. Cita números dizendo que no ano passado atenderam, entre posto de saúde e Hospital Municipal, praticamente 58.000 procedimentos, em um verdadeiro recorde e relembra que, em 2016, na gestão passada, foram 23.000 atendimentos, entre posto de Saúde e Hospital.
Ainda sobre saúde pública afirma que aumentou de 11 para 21 médicos e está atendendo como um hospital regional e que os partos da região são praticamente todos feitos lá!
São cardiologistas, pediatras, cirurgiões, ginecologistas, 3 fisioterapeutas, fonoaudióloga, psicólogo e nutricionista para servir 5 refeições por dia no Hospital Municipal.
Afirma o prefeito que aumentou, desde maio de 2017, de dois dentistas em meio período para mais três em período integral e, com isso, passou de 280 atendimentos por mês para 1.120.
Ele prevê que agora o município vai receber em dobro as verbas das operações eletivas de média complexidade para baixo. Relata que está aumentando os postos de saúde de 4 para 7 equipes e estará inaugurando, em breve, o posto de saúde do Setor Sul, que estava parado desde 2013.
