Reportagem do jornal O Popular desta terça-feira, 28, mostra a crise financeira que chega às prefeituras, enfatizando um levantamento da Federação das Indústras do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) no qual fica claro que certos municípios mantém a máquina pública graças aos aportes dos governos estadual e federal.
Na região do Oeste Goiano são treze cidades nesta situação: Moiporá, São João da Paraúna, Adelândia, Israelândia, Britânia, Buriti de Goiás, Baliza, Cachoeira de Goiás, Jaupaci, Córrego do Ouro, Ivolândia, Palminópolis e Novo Brasil. Esses são municípios desta região que dependem de transferências do Estado ou da União até mesmo para pagar o salário do prefeito, vereadores e respectivas estruturas administrativas.
No Brasil, o problema atinge 1.872 prefeituras e em Goiás são, ao todo, 62. O desequilíbrio entre o volume de despesas e a geração de receita própria é mais crítico em municípios menores. Todas as cidades em Goiás que entram nesta estatísitica tem menos de 6 mil habitantes.
Em Moiporá, cidade com 1.684 habitantes, o que a Prefeitura arrecada representa apenas 10, 37% do necessário para custear a máquina. Afirma o prefeito Wolnei Moreira que praticamente a única fonte de emprego é a Prefeitura e é preciso ser muito vigilante com a receita que, infelizmente, só dá para pagar fornecedores e funcionários e isso graças aos recursos federais e estaduais. Ele acrescenta que para investimentos em melhorias e manutenção não sobra nada. Essa realidade de Moiporá é a mesma de outras na região, no Estado e no Brasil.