Nesta manhã de quinta-feira, 4, em entrevista coletiva na sala de comissões da Câmara de Vereadores de Iporá, a reclamação ficou por conta da falta de informações sobre a forma como a Prefeitura, através da Secretaria de Saúde, faz as despesas com o recurso que chegou para combate a pandemia do Coronavírus. Prefeito Naçoitan Leite e secretária de saúde Daniela Sallum tem sido cobrados para que mostrem a prestação de contas completa.
De 510 mil reais que chegaram, a prestação de contas se deu apenas em R$ 119.481,00, ainda assim em despesas que despertam suspeitas. Os vereadores estranham que empresa recém-criada tenha feito vendas e de compras feitas fora de Iporá de produtos que são vendidos na cidade.
Os principais meios de comunicação da cidade de Iporá compareceram na coletiva de imprensa. Paulo Aves, presidente da comissão especial criada para acompanhar os gastos de recursos para combater a pandemia, disse aos presentes que o objetivo é fiscalizar para que os recursos vindos sejam bem aplicados, no combate a pandemia. Por isso, disse ele, o planejamento era de que a gestão encaminhasse relatórios semanais para os vereadores, o que não vem ocorrendo. A comissão só recebeu gastos de uma primeira semana de aplicação dos recursos para combater a pandemia.
Estava presente na reunião o vereador Suélio Gomes, membro desta comissão. Também estava na coletiva de imprensa o vereador Eurides Laurindo. Paulo Alves e Suélio Gomes informaram que, desanimados de ver uma melhor prestação de contas, recorreram a ajuda externa, com pedido para que atuem o Ministério Público Estadual e Federal, o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) e a Polícia Civil. A Comissão cobrou destes órgãos por ofício para que atuem na fiscalização dessa aplicação de recursos por parte do poder público municipal. Espera-se ações por parte destes órgãos, a fim de faça com que a gestão municipal mostre as contas.
Falta medicamentos
A comissão tem feito o seu trabalho de visita às unidades de saúde de Iporá. Os vereadores afirmam que, apesar da vinda dos recursos para pandemia, o estoque de medicamentos é baixo, tanto no Hospital Municipal quanto na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), fato que contradiz o que se verifica em notas fiscais que estão contabilizadas no Fundo Municipal de Saúde.