Em três votações feitas a constatação foi de que faltou votos para o prefeito de Iporá aprovar o Projeto de Lei 10/2021 que visava, através da venda de imóvel de propriedade do município, levantar recursos financeiros para a compra de vacinas Anti-Covid.
Foi de 6 x 5 o placar na votação da Câmara de Iporá, com seis pela venda de terreno e cinco contra essa iniciativa do prefeito. O Executivo obteve maioria simples, que não resolve o problema e não faz avançar sua iniciativa. Matérias legislativas desse teor precisam de dois terços dos votos. Teria que haver 9 a favor. Faltaram 3. Nas três votações o placar se repetiu.
Em vídeo distribuído ao público o prefeito deu bronca nos vereadores independentes, frisando que eles não querem a vacinação da população. Da parte deles, ao manifestar contra a venda do terreno, os vereadores afirmaram repetidas vezes não serem contra a imunização da população. Apenas ressaltam que esta venda é imprópria, de terreno que está com impedimento para comercialização, que é estratégico para o município e que de outra ocasião o Ministério Público já impediu a venda desta mesma área. O vereador Marinho da Mata chegou a afirmar que não acredita no prefeito para dar a ele esse direito de dispor de terreno público por compra de vacinas. Os outros que manifestaram na mesma opinião e votos foram: Moises Magalhães, Heb Keller, Carlos Eduardo (Dudu) e Viviane Specian. Ficaram do lado do prefeito: Rangel Pimenta, Wenio Pirulito, Roni Costa, Frederico Big, Keilo Borges e o Eder Manoel, vereador que aperfeiçoou o projeto do prefeito, acrescentando uma emenda para exigir que o recurso fosse colocado em conta específica, com exclusividade somente para aquisição de vacinas. O vereador Didi Coutinho não estava na sessão. Ele cumpre quarentena, recuperando-se de Covid-19, mas em boas condições de saúde. E o vereador Samuel Queiroz presidiu a sessão, sem manifestação de voto.
Já sabia-se que o Projeto de Lei seria polêmico. Por ele, o prefeito pediu autorização a Câmara de Vereadores para a venda de uma área da Prefeitura de Iporá que situa-se no Setor Bela Vista, proximidades do semáforo de acesso rumo ao Conjunto Águas Claras e proximidades também do Colégio de Aplicação, ao lado da Rua Jacinto Moreira, entre as vias Rua Arthur Coutinho, Avenida São João e Rua 10 de Agosto. É uma grande área de 1.970,00 m2. O prefeito justifica a venda para a finalidade específica de angariar recursos para a conta bancária de compra de vacinas Anti-Covid. A avaliação do preço mínimo do imóvel é de um milhão de reais (R$ 1.000.000,00). Essa avaliação é contestada pelos vereadores independentes. Eles acreditam que a área teria que ser vendida por muito mais, podendo valer até dois milhões de reais ou mais. Se aprovado, a venda do imóvel seria por leilão público.