A pancada de um monjolo sobre a cabeça de um menino de dois anos poderia tê-lo matado na hora. Isso não ocorreu. Mais uma graça. São relatos reais da História da Assembleia de Deus na Região, contidos no livro QUANDO SAMAMBAIA PEGOU FOGO, de Moizeis Alexandre Gomis. Vamos à leitura:
CAPÍTULO 21
A MÃO DO MONJOLO E A MÃO DE DEUS.
Invoca-me, e te responderei; anunciar-te-ei cousas grandes e ocultas, que não sabes. Todos os que as ouviram guardavam-nas no coração, dizendo: Que virá a ser, pois, este menino?E a mão do Senhor estava com ele. (Profeta Jeremias 33.3; Evangelho Segundo Lucas 1.66).
Transcorria o ano de 1960, quando ocorreu este milagre. Desta vez foi na congregação da Igreja Evangélica Assembleia de Deus de Iporá, Ministério de Madureira, na Fazenda Jacubinha, no antigo Distrito do Campo Limpo, pertencente a Iporá, atualmente emancipado como a cidade de Amorinópolis. Zona de terras férteis e, na época, de intensa atividade agrícola rudimentar e pastoril nas muitas fazendas recém formadas com o desbravamento das matas.
O isolamento imposto pelo sertão, distante dos recursos e das facilidades tecnológicas dos grandes centros urbanos, naqueles meados do século XX, obrigava as famílias da zona rural a desenvolver uma vida de subsistência quase que auto-suficiente. Um modo de vida onde se produzia, de forma artesanal, a maior parte dos produtos e artigos do consumo cotidiano, relacionados à alimentação, vestimentas de trabalho, roupas de cama e banho. Como, por exemplo, acontecia com o processo do uso algodão, que se iniciava com o plantio, prosseguia com o beneficiamento, a tecelagem, até à confecção das roupas. O arroz colhido na roça era beneficiado para o consumo no monjolo e nele, de igual forma, também se preparava o fubá do milho para a fabricação da farinha. A farinha de mandioca, a rapadura e o açúcar de fôrma (mascavo) também eram fabricados artesanalmente. Comprava-se apenas o que era estritamente impossível de produzir na fazenda, como ferramentas, arame para cercar os pastos, querosene para a iluminação doméstica, tecidos finos e remédios como Biotônico Fontoura, Pílula Contra, Pílula da Vida, Aguardente de Jalapa, Penicilina, Pomada Minâcora, Emulsão Scoot, lombrigueiros, etc.
Nessa interminável lida cotidiana na fazenda, certo dia a irmã Teodomira Alves Rosa estava fazendo farinha de milho com outra irmã de nome Conceição. Enquanto se ocupava com a torração do fubá no forno, fazendo os bijus, seu filho Ataul Alves Rosa, de dois anos de idade, que brincava por perto no barracão onde elas trabalhavam, aproximou-se do monjolo que estava pilando milho. Quando o monjolo se levantou escoando a água do gamelão, o menino debruçou-se sobre o pilão, com a cabeça sob o aparelho erguido, que desceu acertando-a com sua pesada mão-de-pilão, deixando-o como morto, em razão do traumatismo craniano causado pela forte pancada.
A mãe e sua companheira de trabalho entraram em desespero ao ver a criança que jazia imóvel e com parada respiratória. Naquele momento de imensurável aflição e angústia, a irmã Teodomira, com a criança nos braços, orou: “Ó Senhor Jesus, restaura a vida de meu filho. Se o Senhor abençoar que ele recupere a sua saúde e fique sadio, sem qualquer defeito, eu prometo que o entrego a ti para ser um pastor para servir na tua igreja”. Quando terminou a oração, imediatamente a criança recuperou a respiração. A parte traumatizada desinchou e sarou instantaneamente, voltando a criança à vida normal como antes, sem qualquer sequelas resultantes do trágico acidente. Assim, sua mãe, pela fé, tendo tomado seu filho prostrado pela mão de monjolo e o entregou nas mãos de Deus, que o livrou da morte para viver e servi-lo no seu reino!
Logo a boa nova do milagre correu pela redondeza e os irmãos maravilhados e gratos glorificavam o Senhor Jesus, enquanto as pessoas de outros segmentos religiosos comentavam admiradas a respeito da crua milagrosa operada pelo “Deus dos pentecostes”, que, com sua mão, restaurou maravilhosamente a cabeça da criança que fora quebrada pelo monjolo.
A criança cresceu sadia, sendo instruída na Palavra de Deus, vivendo sua infância, adolescência e início da juventude na congregação da Assembleia de Deus da Jacubinha, sem nuca esquecer o salvamento do Senhor Jesus em sua vida e mesmo quando viveu um momento de crise espiritual na juventude, não se apostatou da fé em Cristo. Ainda bem jovem foi separado para a obra do Senhor como auxiliar, depois foi consagrado a diácono, mais tarde a presbitério, servindo na Assembleia de Deus sede, em Iporá. Posteriormente foi ordenado a evangelista e, por fim, ao pastorado. Exerceu a função de vice-presidente do Campo da Assembleia de Deus de Iporá, durante as presidências dos pastores Jaime Antônio de Souza, Oídes José do Carmo e Neuton Pereira Abreu.
Atualmente (2011), aos 52 anos de idade, preside o Campo da Assembleia de Deus de Iporá, desde 30 de agosto de 2005. Durante esses anos de ministério pastoral, Deus tem abençoado o Pastor Ataul Alves Rosa de forma especial e, através dele, a igreja em Iporá, honrando a sua chamada para o sagrado ministério de cuidar das ovelhas do Senhor Jesus. Onde tem ensinado a igreja com sabedoria, graça e habilidade nos princípios morais e espirituais da Bíblia, sempre com suas aplicações pedagógicas oportunas extraídas do cotidiano da vida, como forma de motivar a conduta cristã exemplar dos fiéis.