
Elione Alves (PMDB) levantou o assunto na última sessão da Câmara e achou eco entre seus colegas. Demonstraram também preocupação os vereadores Aurélio Fábio (PTB), Duílio Siqueira (PSDB), Rodrigo Marques e Gumercino Francisco, ambos do PPS. “É preciso fazer alguma coisa”, disse Elione. Ele anunciou que o Hospital Evangélico está reativando a sua Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e vai implantar um tomógrafo, constituindo o único da cidade com esses benefícios para a saúde e, apesar de tudo, não pode mais atender pelo Sistema Unificado de Saúde (SUS).
Quem necessitar de UTI em Iporá pode ter que desembolsar recursos particulares. Ou recorrer a outra cidade. Assim que reativada a UTI do Hospital Evangélico passa a ser uma opção importante para a cidade. E melhor seria se pudesse atender pelo SUS. A luta de vereadores é nesse sentido.
Diante de detalhada explanação do vereador Elione Alves a respeito do assunto, os vereadores Gumercino Francisco e Aurélio Fábio disseram que ouviram do prefeito que as cotas do SUS que eram do Evangélico vão ficar com o Hospital Municipal Adão Pereira. Mas, entendidos em saúde pública em Iporá dizem que aquele hospital público não tem condições de atender a todas as cotas do SUS. Outra questão é quanto a UTI. O Hospital Municipal não tem este tipo de tratamento intensivo. Se o Evangélico tiver, é uma opção e precisa de cotas para atender os pacientes de baixa renda.
O vereador Elione Alves ressalta que a direção do Hospital Evangélico não quer ficar sem credenciamento, pois sempre atendeu, mesmo com os preços mínimos pagos pelo SUS. A saúde pública em Iporá, por meio de sua Gestão Plena, fórmula que permite direcionar as cotas do SUS, tem dito que o descredenciamento do hospital aconteceu por uma questão legal: impossibilidade de acrescentar aditivo no contrato.
Na Câmara, vereadores alertam de que não querem que o caso seja tratado de forma que leve em conta fatores políticos, ou seja, que haja benefício para algum detrimento do malefício para outro.
