Profa. Andrea Carvalho fala de consultoria de empresas

Vale a pena contratar uma consultoria para resolver problemas dentro de uma empresa. É comum perceber quando desenvolvo trabalhos dentro de certas empresas, que a carga de trabalho do dia-a

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Porque as empresas contratam consultoria?

É comum perceber quando desenvolvo trabalhos dentro de certas empresas, que a carga de trabalho do dia-a-dia não possibilita, ao pessoal interno, o desenvolvimento e execução de novos projetos, que são sempre necessários para a oxigenação, modernização e fortalecimento das organizações. Sendo assim, como o(a) Consultor(a) contratado(a) para desenvolver determinado projeto o qual não irá participar da rotina diária da empresa, haverá condições de viabilizar o novo projeto em um prazo bem menor, proporcionando sensíveis ganhos à organização,conforme o impacto do projeto.

Os motivos que levam à contratação de um(a) profissional para realizar um trabalho de consultoria em uma empresa são vários, porém o mais comum deles é a necessidade de um especialista, pois quando existem problemas que demandam know-how específico, faz-se necessária a presença de um profissional que detenha tal conhecimento. A grande vantagem dos serviços de consultoria para as empresas, neste caso, é que não há necessidade de contratação de um profissional a mais para o quadro permanente da organização, ou seja, terminado o projeto a empresa não necessita mais do consultor, o problema é resolvido sem a necessidade de absorver um custo extra na folha de pagamento.

Muitas empresas contratam profissionais que transfiram know-how ao pessoal interno e terceirizado para que possam fazer o trabalho sozinho. Nestes casos, o consultor treina uma equipe em novas técnicas ou abordagens ou ainda repassa informações sobre novos produtos e depois dá assessoramento complementar para implementação e consolidação.

Outra necessidade comum nas organizações, que recorrem para a contratação de um profissional de consultoria é a necessidade de um parecer independente sobre determinado projeto ou procedimento na empresa. Nestes casos, em especial, a expectativa do empresário é minimizar as possibilidades de falhas no novo projeto, evitando-se gastos futuros não previstos.

Voltando a analogia com o trabalho do médico (tema do nosso artigo anterior), as pessoas normalmente contratam este profissional (médico) de forma reativa, para solucionar um problema que já se apresentou, quando o correto seria contratá-lo de forma preventiva. Com as empresas deveria acontecer a mesma coisa. O ideal é que as empresas tratem os seus problemas, resolva as suas dificuldades sempre de forma preventiva. Devem contratar o consultor para prevenir, fazer a sintonia fina, fazer as correções de rumo que se mostrem necessárias, e aí sim, desencadearem este processo, que começa com a elaboração de um contrato de prestação de serviços, com uma entrevista bem focada, com a elaboração de um minucioso diagnóstico empresarial, depois a proposição de soluções exequíveis, o estudo dos problemas e das alternativas de solução, e, por fim, a intervenção física e o acompanhamento desta intervenção, pois, a intervenção física é o papel do consultor, é a sua área de ação.

É importante frisar, entretanto, que o(a) consultor(a) empresarial não detém o poder de decisão. Este poder está nas mãos dos empresário e dos seus sócios (caso haja), que se encontram no comando do negócio. O papel do(a) consultor(a) contratado(a) é o de sugerir soluções, é o de aconselhar, o de prevenir, o de apresentar ideias, possíveis soluções e, dentre elas, apresentar aquela que melhor se adapte com aquela empresa, com aquele negócio, com aquele mercado,assim por diante.

• Para que forneçam conhecimentos e capacidades: quando a empresa não possui pessoa capaz de enfrentar problemas que exigem técnicas ou métodos específicos;

• Quando precisam de ajuda intensiva e temporária: um exame profundo dos problemas principais da empresa exigiria plena atenção dos diretores, pessoas que normalmente têm pouco tempo disponível, pois estão envolvidos com a direção do dia-a-dia. Assim, os consultores só intervêm pelo tempo necessário e deixam a empresa quando o trabalho estiver concluído;

• Para obter um ponto de vista independente e imparcial: Os membros de uma empresa podem estar muito influenciados por suas experiências, interesses, tradições ou hábitos para conseguirem propor soluções viáveis ou tomar decisões corretas.

Por outro lado, graças a sua independência, o(a) consultor(a) pode ser imparcial em situações que nenhuma pessoa que trabalha na empresa conseguiria;

• Quando há necessidade de um especialista: Alguns trabalhos são muito especializados para que seja necessário à empresa manter um colaborador contratado permanentemente. Nestes casos, os consultores podem atender as necessidades sem

onerar o quadro de pessoal da empresa;

• Para fornecer argumentos à Direção: Um diretor pode saber exatamente o que deseja e qual será sua decisão, mas às vezes prefere ou precisa das informações e argumentos de um(a) consultor(a) para fundamentar e justificar sua decisão;

• Quando há inovações e modernizações a serem implantadas: Algumas atividades exigem acréscimos de conhecimento e métodos. O(a) consultor(a) pode assumir provisoriamente a atividade nova e, posteriormente, transferir as técnicas necessárias a

alguém do quadro permanente da empresa;

• Em casos urgentes: Determinadas providências não podem esperar para serem adotadas quando houver funcionário da empresa disponível para desenvolvê-las;

• Treinamento de pessoal: Muitas empresas não têm departamento de treinamento. Estas podem recorrer à consultoria para que elabore e aplique programas de capacitação do pessoal;

• Análises e avaliações com os diretores: O(a) consultor(a) pode assessorar os executivos da empresa para a avaliação de projetos, processos ou análise de dados estratégicos.

As empresas que estão interessadas em contratar os serviços de uma consultoria empresarial devem estar atentas ao seguinte: As empresas que contratam consultoria têm foco em resultados; estão centradas no longo prazo; normalmente tem um plano de negócios; possuem planejamento estratégico; estão implementando a gestão da qualidade; estão buscando a padronização de seus processos produtivos; estão procurando cuidar sempre melhor de seus ativos mais importantes que são os seus colaboradores, mapeiam talentos, assim por diante.

Além disso, sabem diagnosticar as possibilidades de seus concorrentes; conhecem o seu mercado de atuação, suas tendências e suas possibilidades.

Sendo assim, fica fácil prever que as empresas que não tem esta disposição de ter ao seu lado um(a) consultor(a) especializado(a) muito provavelmente estarão caminhando para uma vida mais curta e/ou mais conturbada em relação àquelas que se adiantaram neste aspecto.