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Crônica do Coronel: cortaram o cajueiro de Moiporá


Coronel Almeida é um observador. É filho de Diorama, tem muita ligação com Iporá e anda pela região com olhos que observam… Ele reclama de algo simples, mas de profundo significado. Por que cortaram o pé de caju que era de colheita farta na estrada pra quem chega à Moiporá pela estrada da Mandioca Assada?

A queda do cajueiro em Moiporá

Ao percorrer o trecho da estrada que liga Moiporá-Go, ao Distrito de Mandioca Assada, percebi que um cajueiro tinha sido cortado. Fiquei indignado ao perceber que o pé de caju tinha sido simplesmente cortado, a princípio com a finalidade de limpeza da pastagem. Pois nenhum tronco havia sido retirado, mesmo porque eram pequenos. Imaginei que a finalidade do corte, era simplesmente a destruição para dar lugar para poucos metros de capim.

O pequeno cajueiro já estava ficando famoso pelos seus belos e deliciosos frutos que produzia no período da safra do caju. Já era de costume as paradas para alguns transeuntes ante a quantidade e qualidade dos cajus para pequenas colheitas. Acredito que quem cortou ou determinou o corte, desconhece as finalidades do caju. A planta cortada media aproximadamente 3 metros de altura por 3 de diâmetros de copa.

O caju do cerrado, é mais conhecido por Anacardium othonianum Rizz (ANACARDIACEAE. Seu nome popular é cajuzinho do Cerrado ou simplesmente cajuzinho. Esta espécie é típica dos Cerrados do Planalto Central do Brasil, dispersa pelo Distrito Federal e Goiás. O cajueiro pode ser aproveitado de várias formas, segundo estudos, senão vejamos:

A planta pode ser aproveitada de várias formas: o chá obtido de suas folhas é empregado no combate a diarréia (Siqueira, 1988, citado por Naves et al., 1992), e a resina pode ser usada como expectorante (Pinto, 1993). O aproveitamento alimentar na forma de polpa in natura ou em forma de suco, licor e doces. A castanha também constitui uma fonte alternativa de alimento e pode ser consumida quando tostada (Silva et al., 2001).

Conforme os trabalhos de pesquisa desenvolvidos pela Embrapa e por outras instituições de pesquisa, o pedúnculo de caju é rico em vitamina C, fibras e compostos fenólicos. Além do potencial vitamínico, estes compostos conferem potencial antioxidante à polpa do caju. Esta propriedade biológica está associada à prevenção de doenças crônico-degenerativas, como problemas cardiovasculares, câncer e diabetes, que avançam a cada ano, superando estatísticas e preocupando as lideranças governamentais da área de saúde. A necessidade de aumento do consumo de frutas tem sido uma recomendação crescente da Organização Mundial da Saúde, visando à prevenção do desenvolvimento das doenças crônico-degenerativas (Diniz, 2005).

Pesquisas mostram que as amêndoas de caju são ricas em proteínas e lipídeos. Por outro lado o líquido da casca da castanha de caju é muito empregado na indústria química para a produção de polímeros que são utilizados na produção de matérias plásticas, isolantes e vernizes.

Fico a imaginar se a moda pega, a destruição de árvores frutíferas, visando o aumento de pastagens e ou simplesmente evitar a presença de pessoas com intuito de colher os frutos. O ponto forte na região é o pequi. Existem muitas árvores da saborosa fruta. O pequi vem contribuindo até mesmo para a geração de emprego nas colheitas no período da safra, nas vendas a varejo em feiras e, na fábrica de conservas situada na cidade de Ivolândia-GO.

Podemos imaginar que os motivos que levaram alguém a cortar, ou determinar o corte do cajueiro pode ter sido a necessidade de aumentar o campo de pastagem e ou também evitar o incômodo da parada de pessoas, na época da safra para colher os frutos. Em minha opinião nenhum das alternativas, justificam a ação de destruição do cajueiro. Enquanto alguns destroem arvores, outros ainda se preocupam e promovem plantios de novas mudas. E assim, a vida continua.

Fonte: http://cerradonline.blogspot.com.br/2009/01/caju-de-rvore-do-cerrado-anacardium.html

Aparecido Correia de Almeida – TC QOPM, Oficial da Corregedoria PMGO.

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