Acadêmicos e Professores do Curso de Geografia da UEG – Câmpus de Iporá estiveram no período de 22 a 31 de julho em viagem à cidade de São Luís do Maranhão/MA para participarem do XVIII Encontro Nacional de Geógrafos – XVIII ENG. A participação no evento foi o motivador para a realização da viagem de ônibus pelos estados de Goiás, Tocantins e Maranhão. Durante 09 dias nossos alunos viveram uma série de novas experiências. A viagem foi realizada com ônibus da UEG de forma gratuita para os nossos acadêmicos e professores.
A Geografia contribuiu com 18 apresentações de trabalho, um marco para nosso Curso. Nossos acadêmicos e professores apresentaram trabalhos nas áreas de Ensino de Geografia, Experiências do PIBID, Climatologia, Geoprocessamento, Geografia Regional.
Mas o maior legado para a formação de nossos jovens foi à integração com estudantes e professores de outras Instituições de Ensino e a possibilidade de vivenciar situações ao interpretar a realidade social de um dos estados com o menor IDH no Brasil.
Durante o ENG foram realizadas 18 mesas de debates sobre diversos assuntos com os principais profissionais da Geografia do Brasil e da América Latina. A palestra de Abertura foi realizada pelo Prof. Dr. Rui Moreira – que tratou do tema geral do evento A Construção do Brasil: Geografia, Ação Política e Democracia. Nos espaços de diálogos nossos acadêmicos discutiram os trabalhos produzidos em diversas partes do País.
A viagem e as novas fronteiras do saber
Na viagem de quase 2.200 km (6000 km total rodado) foi um capítulo a parte no processo, visualizar as diferentes paisagens que compõe o mosaico da transição do Cerrado para a borda da Floresta Amazônica e o Litoral do MA e as inquietações de um processo de ocupação excludente que coloca lado a lado a miséria das populações e das cidades e a riqueza da mineração, da geração de energia e do agronegócio na fronteira do Piauí, Maranhão, Tocantins e Bahia. A distribuição de renda tão criticada na América Latina é facilmente observada no Estado do Maranhão.
Os acadêmicos puderam visitar, também, o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, uma das paisagens mais bonitas do Brasil. Assim como outras cidades turísticas, Barreirinhas, porta de entrada do parque apresenta as margens do Rio Preguiças organizada, com bares e restaurantes, lojas de suvenirs e estrutura arquitetônica de cinema – essa estrutura apresenta-se como uma casca que esconde um lado mais pobre de uma local que circula o dinheiro do turismo, mas não consegue proporcionar distribuição de renda para quem vive no local.
As dunas do parque escondem lagoas que permitem aflorar o lençol freático nas temporadas de chuvas – um frágil equilíbrio de dunas, flora e fauna que recebem milhares de turistas todos os anos.
Nossos acadêmicos tiveram contato com a história do Maranhão e do Brasil na visita ao Centro Histórico de uma cidade disputada por Portugueses, Franceses e Holandeses. O rico acervo de azulejos nas faixadas das antigas casas de comércio é reconhecido mundialmente. Mas, na mesma São Luís das riquezas do passado os acadêmicos conviveram com a violência urbana da capital do estado do MA – uma constante ameaça aos moradores e turistas.
Mas nada tira o brilho da Capital do Reggae no Brasil, o ritmo da Jamaica embala os bares e as noites de São Luís, igualmente, experimentadas por nossos acadêmicos. Os jovens da Geografia de Iporá conheceram o mar em grande estilo, muita cultura, informação e estudos para contribuir com a formação proporcionada pelo Curso de Geografia da UEG – Câmpus de Iporá.
