Audiência pública sobre o consumo de drogas em Iporá, promovida pelo Conselho de Segurança Pública de Iporá (CONSEGI).
Em Iporá o traficante de drogas é mais conhecido que o professor. Foi o que apontou uma pesquisa realizada pela Faculdade de Iporá (FAI) e apresentada nesta sexta-feira, 7, na Câmara Municipal de Iporá em audiência pública sobre o consumo de drogas em Iporá, promovida pelo Conselho de Segurança Pública de Iporá (CONSEGI).
A FAI juntamente com os professores Dárcio Siqueira, Olímpia Vaz e alunos de Estatística do curso de Graduação em Administração e Ciências Contábeis realizaram pesquisa sobre a questão do consumo de drogas em Iporá, entre os meses de Maio e Junho deste ano. Posteriormente ao tratamento dos dados, e agora, a divulgação dos resultados. A pesquisa foi realizada em 17 bairros da cidade com 718 entrevistados mediante questionário. A amostra representa, portanto, 2,32% da população iporaense.
Dentre os resultados, ficou demonstrado que o consumo de drogas em Iporá é considerado grave. Principalmente na saída de Amorinópolis, saída de Goiânia e Bairro Mato Grosso. Dentre as drogas mais consumidas foram citadas o álcool, o cigarro, a maconha, a cocaína e o crack. E que o cidadão iporaense é apresentado muito cedo às drogas uma vez que, este primeiro contanto acontece geralmente nas escolas como apontou os resultados. Ademais, 84% dos entrevistados não viram uma medida de combate ao uso de drogas.
Em Iporá o traficante de drogas é mais conhecido que o professor
Lucélia Ferreira:”O que mais chamou atenção foi o fato do traficante de drogas ser mais conhecido que o Professor”
Drª Lucélia Ferreira – Secretaria de Saúde de Iporá – esteve presente na reunião representando o Prefeito José Antônio da Silva Sobrinho. Além de parabenizar a iniciativa do CONSEGI e da FAI disse que dentre os dados apresentados o que mais chamou atenção foi o fato de no bairro o traficante ser mais conhecido que o professor. citou ainda, o fato da demanda da população quanto a solução do problema centrar-se na construção de Escola Militar e de Distrito Policial, evidenciando que a questão segurança pública ainda está muito focada no fator repressão e que esta, na visão da população, depende inteiramente de um elemento externo à família.
Os resultados da pesquisa servirão para orientar o trabalho das entidades ligadas a questão da prevenção ao uso de drogas no Município de Iporá. (João Batista da Silva Oliveira)