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Termina aquela que será lembrada como “Festa dos preços altos”


Ingresso caro, cerveja com valor amargo e até a pipoca era cem por cento mais cara (de R$ 1,00 para R$ 2,00).  Assim foi a Expoipo que terminou ontem, domingo.

Apesar do preço alto que foi motivo da reclamação geral, o público compareceu, talvez não na quantidade que os organizadores queriam, mas o evento chamou outra vez a atenção da população. E se a freqüência foi maciça é porque o evento tem valor… Do contrário, não veríamos aquela multidão adentrando o Parque de Exposições.

Falta de apoio externo

Em mais um ano o Sindicato Rural de Iporá/Diorama teve suas dificuldade. Se teve apoio do comércio local, faltou aquele que teria que vir do Estado. A grande reclamação é por que Iporá não ganha um grande show. Outra vez, de fato, não ganhou. O que está indicado para vir ainda (e será que virá?) é uma verba do Orçamento do Estado no valor de 50 mil reais.

Quem entende do orçamento municipal sabe que a Prefeitura de Iporá não tem recursos para pagar um show de alto custo. Ou tem? Ah sim! Tem receita mensal, mas já compromissada com o dia-a-dia administrativo. Poderia até pagar, mas vai faltar para outro setor. E aí? Tirar de onde? Da Saúde?  Da Educação?

O cuidado do Sindicato para com a viabilidade da festa

O que se verifica é que o Sindicato Rural cuida da viabilidade econômica do evento. Não poderia ser diferente. É como um empresário que tem um produto em mãos e vai vendê-lo. Que preço colocar no produto?  Como arrecadar ao ponto de poder pagar a conta depois. Isso está certo. A matemática correta precisa ser feita. Ao fazer esses cálculos, chegou-se a lamentável conclusão que o preço do ingresso precisava ser mais caro. E foi… E se não fosse? Certamente os organizadores não pagariam a conta. E mesmo com os ingressos caros, serão que ainda conseguem pagar a conta?

Prestação de contas

O que o Sindicato Rural precisa fazer agora é uma prestação de contas. Dizer detalhadamente tudo. Quanto entrou com patrocínios, ingressos, locação de espaços, apoios, etc… e quanto gastou com shows, rodeios, estrutura, etc… É inadmissível que uma entidade, todas estas que lidam com o interesse público, não prestem contas. Certamente isto virá a público. Mas é preciso dizer que no ano passado não vimos prestação de contas do Sindicato Rural. Não chegou a este veículo de comunicação uma prestação de contas. Nem vimos publicado em outro local. Será que agora vai haver?

Papel cumprido

Depois de todas as críticas de ingressos caros e preços altos também na iniciativa de quem comercializou dentro do Parque Agropecuário, é preciso dizer que o evento cumpriu seu papel no âmbito agropecuário. Lá dentro estavam (e na programação também) tudo que sempre foi feito no âmbito agropecuário (exposição de gado, competição dentro do ranking, palestra, etc…). O produtor que se interessou pelo assunto saiu de lá atendido, melhor informado e teve a oportunidade de trocar experiências.

Quando um segmento quer atender outros. Isso é necessário?

Ninguém tem dito que Sindicato Rural é uma entidade classista e que suas ações precisam ser em benefício da classe. Fazer festa para o grande público não é dever do Sindicato. Ou é? Se é, onde há um texto de lei neste sentido? O que ocorre é que o Sindicato Rural é generoso com a cidade. Além de festa para os produtores, faz festa para a cidade… O Sindicato nem precisava disso. Mas, ao longo do tempo, virou tradição essa generosidade de um segmento (talvez o de melhor poder aquisitivo) de agradar os demais, estender a ação, fazer festa, oferecer show, etc… Não há razão em criticar o Sindicato por não fazer aquilo que não é tarefa dele. O Sindicato precisa ser cobrado por ações em prol do sindicalizado e se não apoiar o produtor, se não for uma entidade realmente representativa da classe… O Sindicato não deve ser criticado, nem pelos cobiçados shows que não vieram e nem por preços de ingressos. Cabe ao povo aceitar ou não o preço pedido. É preciso cobrar do Sindicato é ação em prol do produtor.

E será que merecemos festa em razão de riqueza agropecuária?

Claro que o lazer é direito de todos. Uma  festa é sempre necessária em nossa vida. É assim na nossa família. Nos alegramos em festa em alguns momentos. Na vida de uma cidade isso é assim também. Em certos momentos a cidade se alegra em festa. Em se  tratando do meio agropecuário será que estamos no direito de festejar alguma coisa?  Será que estamos tão felizes ao ponto de comemorarmos?  Será que nossa produção rural aumentou muito? Será que inovamos, que já não dependemos somente da pecuária de leite ou de corte e já estamos com atividades produtivas diversificadas, de muitas granjas, pisicultura, técnicas avançadas de criação de pequenos animais? Será que as áreas planas de nosso município estão tomadas por pivôs de irrigação, que produzimos o milho da pamonha que comemos, enfim, que estamos de parabéns, com o avanço de nossa agricultura? Se for assim, aí merecemos festa, uma grande festa, shows maravilhosos e o ingresso pode até ser caro, mas merecemos tomar parte em um grande evento e nos alegrarmos. É o que pensamos. (Valdeci Marques)

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