Baseado no monitoramento realizado pelo laboratório de climatologia, do curso de Geografia da UEG – Campus de Iporá, durante o mês de novembro o total de chuva acumulada foi de 328,2 milímetros, em dezembro (315 mm) e em janeiro (117,3 mm). Os valores registrados em novembro e dezembro superaram a média histórica e as normais climatológicas de 1981 – 2010, previstas pelo Instituto Nacional de Meteorologia – INMET, para a Iporá-GO. É bom esclarecer para o leitor que essas normais climatológicas indicam o total de chuva previsto para os referidos meses.
Em janeiro de 2019 o total de chuva acumulada foi abaixo da média história e das normais climatológicas. (Gráfico 1).
O baixo volume de chuva, registrado em janeiro de 2019, não se restringe a Iporá e região, pois também foi registrado em outros municípios goianos. Utilizando dados das estações do INMET foi possível identificar baixos volumes de chuva, no mês janeiro de 2019, em municípios próximas a Iporá como Paraúna, Rio Verde, Jataí, Cidade de Goiás e Caiapônia. (Gráfico 2).
O fato da redução do volume de chuva é explicado pela formação de áreas de alta pressão sobre o continente, que por sua vez inibiu a entrada de frentes frias, da umidade da região amazônica e da formação da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZACAS) em nossa região. Porém, com o enfraquecimento desse sistema de alta pressão as chuvas retornaram ao seu padrão normal a acima do normal até o presente momento do mês de fevereiro.
Até o dia 12 de fevereiro já foram registrados 216 mm de chuva, ou seja, 84,6% a mais do que o total de chuva registrado em janeiro. Neste mês, foi registrado um valor extremo de chuva, que ocasionou alagamento das margens do córrego tamanduá, no dia 06/02/2019, onde foram registrados 105,5 mm de chuva em 24h.
Com relação a distribuição temporal da chuva em Iporá, o mês de novembro apresentou 22 dias de chuva, dezembro 20 dias e janeiro 14 dias. Cabe ressaltar que o volume de chuva precipitado durante novembro e dezembro ocorreu de forma bem distribuída, porém em janeiro pode ser considerado que também foi bem distribuído, porém o volume precipitado ficou abaixo do esperado para o referido mês. A distribuição das chuvas, ao longo do tempo, é um dos fatores importantes para contribuir com a recarga do lençol freático e consequentemente para manter o volume de água dos mananciais durante o período de estiagem (maio a setembro).