O Campus da Universidade Estadual de Goiás (UEG) de Iporá traz mais um boletim climatológico, no qual mostra a situação neste período de estiagem. Os que cuidam desse trabalho na UEG afirmam que é importante ficar em alerta em relação aos volumes de chuva em Iporá, pois nos últimos anos temos convivido com a ameaça e falta de água para o abastecimento humano na zona urbana. Segundo os professores da área, no momento, ainda não dá para fazer afirmações precisas, se haverá falta de água ou não, pois depende do comportamento das chuvas e da temperatura do ar para os meses de agosto e setembro. Esses elementos influenciam nas taxas de evaporação e na quantidade da água presente no solo e nos mananciais.
Mesmo que não haja falta de água este ano, é importe que o poder público dê início às ações de recuperação da área da bacia do ribeirão Santo Antônio, destinada a captação de água para abastecer a cidade de Iporá.
Neste mês foi produzido o segundo boletim da estação climatológica do curso de Geografia, da UEG-Campus de Iporá. A estação é coordenada pelos Professores Me. Washington S. Alves e Prof. Me. Valdir Specian, e conta com a colaboração do acadêmico José Helder Ferreira. Neste boletim foram disponibilizadas informações sobre referente a padrão dos elementos climáticos, temperatura do ar, umidade do ar e chuvas coletadas durante o trimestre de maio, junho e julho.
No referido trimestre foram registrados 7,1 milímetros de chuva, que foram distribuídos entre 2,3 mm registrados no mês de maio e 4,8 mm em julho. É importante frisar que os três meses analisados pertencem ao período seco na região, ou seja, os sistemas atmosféricos produtores de chuva recuam, diminuindo sua área de atuação e provocam a redução do volume de chuva em grande parte do centro-oeste do Brasil.
Conforme a normal climatológica, produzida pelo INMET, referente a região de Iporá, os valores de chuva registrados neste trimestre foram abaixo do normal. (Figura 1).
Com relação a temperatura máxima do ar, os valores registrados oscilaram entre 38,0°C em maio, 36,0°C em junho e julho. Esses valores são normalmente registrados entre os horários das 13h e 15h, momento mais quente do dia. Em maio, 29 dias apresentaram temperatura máxima do ar acima de 31°C, em junho 15 dias e em julho 12 dias.
Os valores de temperatura mínima foi de 14°C em maio, 12°C em junho e de 7°C em julho. Vale destacar que no mês julho ocorreu a penetração de uma frente fria intensa na região que provocou um evento de chuva, que não é habitual para este momento do ano, e quedas bruscas nos valores de temperatura do ar. Também é importante mencionar que os valores mínimos de temperatura são registrados entre os horários de 05h e 07h da manhã. (Tabela 1).
Os valores máximos de umidade relativa do ar variaram de 97% em maio, 91% em junho e de 94% em julho. Já os valores de umidade relativa do ar mínima variaram de 15% em maio, 16% em junho e de 15% em julho.
Os menores valores de umidade relativa do ar são registrados nos horários mais quente do dia, entre 13h e 15h. Cabe ressaltar que a Organização Mundial da Saúde – OMS recomenda que os valores de umidade relativa do ar, ideais para o ser humano, deve ser acima de 60%. Porém, quando a umidade relativa do ar está abaixo desse valor aumenta o risco de desenvolvimento de doenças respiratórias, principalmente em crianças e idosos. Este fato pode ser agravado principalmente com a ausência de chuvas neste período do ano, com o aumento da poeira e de queimadas. (Tabela 1).