Valéria Cândido, conselheira tutelar e presidente do órgão, vai renunciar ao cargo nesta terça-feira, 9. Ela está de mudança para Goiânia. Até esse ponto seria algo que não iria causar tanto impacto. Em condições desta natureza um suplente imediato assume. O problema em Iporá é que não há suplentes para assumir.
Da eleição de junho de 2.008 somente 9 candidatos participaram. Todos os suplentes já foram usados em substituições nesse curto período de 17 meses de mandato atual. Não há ninguém para ocupar a vaga da conselheira que agora sai. O Conselho Tutelar, constituído legalmente por 5 membros escolhidos em eleição, ficará com 4. E agora? Convoca-se outra eleição só por causa de uma vaga? O que será feito? Ou nada será feito e a tarefa passa a ficar só com os quatro que ficam.
Um problema crucial em Conselho Tutelar de Iporá é que o salário é muito baixo (mínimo!) e, quando das eleições, aparecem poucos para se candidatar. No pleito, além de vencer eleição, exige-se uma série de condições e documentos. O que se paga é incompatível para a importância da função. No ano passado, quando o Conselho Tutelar de Iporá ainda tinha suplentes para ocupar vagas, o Ministério Público discordou das participações de Afonso Apolinário e Walter Queiroz no mesmo, na época, recém empossados. Disseram que eles teriam que se afastar pois tinham outra função no Estado e não teriam tempo para a tarefa. Isso foi feito. Eles afastaram em atendimento ao MP.
Com o afastamento deles e a renúncia de outros por motivos diversos, agora há o impasse de faltar titular. O atual mandato ainda vence em setembro de 2.011.