Ledo engano de quem pensa e acredita que tudo é novo no ano que começa. Mudanças são possíveis quando queremos e fazemos valer novas atitudes e compromissos conosco e com o próximo e em especial a sustentabilidade. Bem diz o escritor Carlos Heitor Cony – Ano novo, vida velha. A vida é mais do que calendários, fusos ou órbita gravitacional.
Mesmo com todos esses milênios de costumes vividos e revividos muita gente a cada fim de ano incorpora o frenesi dos últimos dias, das últimas horas do ano que finda, e protagoniza o corre-corre às lojas, supermercados para as compras, como se não houvesse mais de uma dezena de luas a ser observadas no ano seguinte. E tudo fará sentido se os racionais fizerem como fazem os irracionais, comerem apenas na medida da fome, e protegendo seu habitat.
Novo mesmo só as novas atitudes que podem ser tomadas e assim promoverem as novidades para cada ano novo que se deseja. Aliás, é sempre bom um dia novo, uma semana nova, um mês novo… uma nova pessoa que nasce das cinzas da antiga, sepultada com os velhos problemas do ano velho. As doses que deveriam virar de verdade para dentro de cada um, seria a do planejamento, misturadas às metas para o ano que se inicia com sustentabilidade para você, sua rua, seu bairro, sua cidade, seu estado, seu país inserido neste planeta de água, chamado Terra.
Falando nisto (velhos problemas no novo ano) estes trespassam os limites da zero hora para a virada e acompanham os mortais a partir do primeiro segundo do ano novo que, após ser recebido com fogos, gritos, danças, rezas, champanhe, beijos, abraços…; e depois da ‘ressaca’ surgem como fantasmas assombrando muita gente com o aluguel vencendo, as contas de luz e água que a ‘virada’ não conseguiu parar os tais relógios…
Tem mais! O cartão de crédito, lembra-se dos presentes? E a prestação do carro? O seguro, os móveis novos a serem pagos nos 12 meses… Mas o ano velho se foi, agora é tudo novo! Só na imaginação e no calendário é que de verdade o ano é novo. A velha conhecida rotina faz que os pés sejam tirados das nuvens e impactem o solo da mãe terra que tem uma ‘virada’ na sua rotação de 360º a cada 23 horas 56 minutos 4 segundos e 9 centésimos. Enquanto que os terráqueos ao ‘longo’ dos seus poucos anos de vida espera 365 dias para a tão aguardada e merecida virada com sabor de virar a mesa do jogo da vida que, como um espelho, insiste em mostrar-te como você realmente é, com todos os problemas do ano velho e mais os novos do novo ano. Contudo, viva 2014 como se fosse o último ano de sua vida.