Dentro dessa sistemática de pacto federativo, no qual os municípios brasileiros ficam com a menor parte dos recursos financeiros e ao Estado e, principalmente, a União cabem desfrutar dos valores trilionários, a situação será sempre precária nas pequenas comunidades deste país.
Percebemos que todos os municípios passam por muitos problemas. Mesmo onde os prefeitos são probos, corretos e zelam bem do pouco que arrecadam, mesmo nestas localidades, existem muitos problemas que afetam a população, principalmente, os de classe mais baixa.
A nossa cidade de Iporá está dentro de um contexto de dificuldades. São problemas e mais problemas. Poucas obras e uma qualidade de vida que deixa a desejar. Tudo poderia ser bem melhor. Mas as esperanças de grandes melhoras são poucas. Os recursos da Prefeitura são precários.
No plano político, estamos em posição oposta a do governador, sem diálogo e sem busca de obras. Aliás, o Governo de Goiás também tem pouco para oferecer. Ronaldo Caiado está o tempo todo reclamando do antecessor. E Iporá, quase que totalmente sem obras estaduais ou federais, somente com seus recursos de rotina, patina em lentidão. Mesmo com a venda de muitos lotes públicos e com a promessa de asfalto em toda cidade, vemos que isso não se concretiza. A poeira foi farta na estiagem e os buracos e a lama virão, agora no período chuvoso. Iporá tem ainda muitas ruas sem asfalto.
Os problemas de uma cidade como Iporá são em praticamente todas as áreas. Na saúde, reclama-se muito: de atendimento ruim, falta de ortopedista, falta de medicamentos, etc… A falta de vagas em creches é outro problema. Temos conhecimento de mães que tiveram que dispensar emprego pois não encontraram vaga em creche onde pudesse deixar seu filho.
Os problemas da cidade passam por iluminação e pela limpeza, sujeira de ruas, a existência do aterro que virou lixão e os lixos clandestinos. Aqui e ali, vemos falhas. Falhas que sempre houveram, que os prefeitos anteriores não resolveram, que o atual não resolve e que o próximo, talvez, também não conseguirá. E não conseguirá pois isso tem a ver também com recursos públicos. Iporá tem uma Prefeitura com onerosa folha de pessoal, um fundo de previdência que exige muito da Prefeitura e manter a rotina de custeio de uma administração como essa é algo que depende de muitos recursos financeiros.
Não há uma política de fortalecimento da nossa economia, nem mesmo um secretário para a área, que possa pensar a produtividade rural e oferecer apoio para pequenas empresas, para hortifrutigranjeiros, de forma que esse município pudesse produzir mais, já que só produzindo mais é que vamos ter divisas que alavancam a economia. Um município só é melhor quando sua produtividade dá uma resposta a altura de seu povo. Outras regiões se desenvolveram, pois possuem muita produtividade.
Não conseguimos a vinda de uma grande empresa. Estamos ainda restrito a pecuária de corte e de leite. A soja expandiu sua fronteira para esta região, mas ainda de forma tímida, com números que ainda não ajudam a fortalecer, decisivamente, a economia. Patinamos. Os anos passam e a cidade não se destaca na área de economia. Muitos mudam da cidade, principalmente, os jovens, em busca de oportunidades. Vivemos uma triste realidade. Esta é a verdade.