Feliz este tempo em que, quando criança se pensa assim. O que serei quando crescer?
Quando já crescidos poucos se indagam: O que sou agora? Muitas respostas nos chegam: o profissional, social, material, cultural, muitos personagens que precisamos vestir para cada situação na coletividade. Porém a pergunta continua. O que serei quando crescer?
Quando maduro o ser quer mais repostas. Questionamentos íntimos, inatos. Quando serei melhor? Quando deixarei de ser comandado por instintos que me igualam ao irracional, por um leve destempero. Quando deixarei de olhar para meu semelhante baixando meu olhar? Mesmo que ele não perceba.
Quando deixarei de me sentir melhor e que despercebidamente mereço pouco mais que o outro? Até quando deixarei de me sensibilizar com o mal do outro? Até quando deixarei aos outros a responsabilidade de fazer melhor, ser melhor?
Até quando deixarei ao sangue do Cristo a carga de lavar os pecados, quantas vezes eu caí em tentação? Tantos e quantos os questionamentos que me levam a origem. Eu cresci? Quem sou nesta proposta de vida? Preciso me encontrar. Refazer todos os caminhos, dentro de nova ótica. Ampliar minha visão. Conseguir enxergar o “nós”, minha vista limitou-se no “eu”.
É necessário percorrer os caminhos que levam ao crescimento evolutivo, que tragam as respostas naturalmente, suavemente. Promovendo mudanças. Substituindo valores. Que levam ao crescimento real do ser, ressignificando pensamentos e plantando sementes do bem, para assim germinar e frutificar ao cêntuplo, só assim sabe-se a resposta, o que serei quando crescer: serei o bem, serei amor.
Iporá, 19/12/2020