Observando a visita do governador Ronaldo Caiado a Iporá nesta sexta-feira passada, 21, a receptividade e a diversidade dos que o acolheram e ainda avaliando um cenário além das fronteiras desta região, avaliamos que Ronaldo Caiado se agiganta como liderança política neste Estado.
A política é feita de ciclos e em cada um destes, emergem líderes. Esse ciclo tem Ronaldo Caiado como protagonista.
Ciclos surgem. Ciclos se fecham. Quase sempre os finais de ciclos são sombrios, quando os líderes caem, às vezes, de forma vergonhosa, em escândalos.
Esse ciclo é de Ronaldo Caiado. Oxalá, o final de ciclo não seja desastroso. Ele, de posição direitista assumida, até crítico do outro lado, tem suas virtudes. Nunca foi pego com a boca na botija (essas botijas sujas). Corajoso, firme e de entrega total ao mandato.
No início da gestão, reclamou muito do mandato anterior. Isso é comum. Quem assume em posição contrária reclama mesmo. Isso é para marcar território. Mas é possível ver que há avanço no saneamento financeiro do Estado.
Obras ou benefícios começam a surgir. Pouco. Mas é um começo. Engana-se quem pensar que poder público em qualquer esfera vai poder fazer muito em uma conjuntura sanitária destas que estamos vivendo. Esse pouco que ele já fez inclui a área cultural. Foi pouco. Mas sabe-se que há dívidas gigantescas nessa área. Aliás, ele encontrou problemas em todas áreas, problemas herdados do ciclo anterior.
A coragem de Ronaldo Caiado o fez lidar com a pandemia de um jeito que seria impopular. Optou pela saúde em detrimento da plena atividade econômica. Foi duramente criticado por muitos. Mas ao abrandar a pandemia prepondera a imagem do governador médico. Já se percebe que quem criticou, silencia-se inspirado pela lógica humana. Soube ser o governador da pandemia. E ficou marcante sua frase: “Não troco vidas por votos”.
Ronaldo Caiado calculou o que podia fazer. Sabe que o poder público não é capaz de tudo. Deixou sindicalistas na bronca. Muita bronca. Mas calculou que tem certas coisas que não é possível. E tocou a frente, acreditando que haveria saldo positivo de satisfação popular.
O penúltimo ano do mandato é alvissareiro para a chegada do último. Juntou outros políticos ao seu redor. Até o prefeito de Iporá, Naçoitan Leite, que foi o crítico mais duro dele, agora é soldado ao seu lado. Caiado arregimentou muita gente nova ao seu redor. Por exemplo, o prefeito de Jaupaci acaba de fazer uma adesão.
Mas a busca de mandato de reeleição é sempre tarefa que exige esforço do gestor. Até porque os líderes não tombaram todos. Goiás tem Daniel Vilela (MDB), Vanderlan Cardoso (PSD) e outros. E além disso, pode surgir o novo. E, às vezes, um novo encanta. Mas cadê o novo?