Mais um ano de eleições. Certamente será mais ano com candidatos a vender eleições por aí, prometer o que sabe que não é possível.
São anos e anos na História do Brasil com essa cultura política de venda de ilusões, quando os políticos usam da desinformação do povo para apregoar o impossível a ser feito no mandato seguinte.
Neste 2022 certamente não será diferente. O Brasil ainda é o mesmo, com eleitorado sem se aproximar efetivamente das gestões públicas, sem conhecer orçamentos públicos, sem saber de possibilidades, quase sempre estreitas dentro da capacidade de arrecadação do poder público.
Por estar ciente que o povo não sabe de limitações orçamentárias, os candidatos abusam dessa ignorância coletiva, daí exageram em falar de obras, muitas obras, benefícios e daí ainda descambam a prometer favores pessoais, os quais o poder público poderia servir aos eleitores, seja dos municípios, dos Estados ou da União.
Políticos e eleitorado se misturam em um jogo de mútuos interesses. E políticos que são extraídos de dentro do povo, claro que não seriam diferentes. Os políticos espelham o povo, em diferentes camadas, e que não sabem bem sobre possibilidades de realizações e sobre as limitações de orçamentos. O que é prometido é quase sempre só uma conjectura em torno do que o eleitor sonhou.
Quem dera estivéssemos em uma sociedade mais bem informada, ciente das leis (principalmente as leis orçamentárias) e até sobre a legalidade do que se pode prometer ou com o que se comprometer.
Ano de eleições, ano de fake News, de fatos deturpados. Vemos com alegria a Justiça Eleitoral se esforçando em combater todos os tipos de ilegalidades, chamando redes sociais para acordos, enfim, se prevenindo, quanto a tudo que pode surgir de ilegal. Mas haverão políticos atentos em burlar a lei, mentir ou omitir. Sempre foi assim.
Que haja punições a quem descumprir leis, sejam políticos ou eleitores. Todos precisam se enquadrar no processo eleitoral de forma correta. Estamos críticos quanto aos políticos candidatos. Mas sabemos que nesse meio tem pessoas também bem intencionadas, tanto entre os eleitores quanto entre os candidatos. São exceções, personagens dessa disputa em jogo eleitoral. Que os eleitores percebam o diferencial de candidatos com boa ficha pessoal e que são coerentes no que propõem. A grandeza de uma eleição depende de cada um. Que tal a gente fazer a parte que nos cabe, inclusive, denunciando ao Ministério Público Eleitoral o que houver de errado?