O argumento do prefeito Danilo Gleic de que os recursos são poucos para funcionar a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) não convencem vereadores de oposição, principalmente depois que três deles foram ver in loco que, em Ceres, isso foi perfeitamente possível. A UPA desta cidade, que iniciou a ter verba liberada para sua obra na mesma época de Iporá, já funciona desde 2012. Enquanto isso, em Iporá, o prédio está pronto, mas o povo não dispõe do serviço.
Nesta quarta-feira, 28, foram até a cidade de Ceres, exatamente para conhecer a UPA, três vereadores (Elione Alves, Paulo Alves e Valdomiro Alves de Paula). Com eles, representando a Secretaria de Saúde do Município, viajou Neila Borges de Lima. A viagem foi custeada pelo município.
Os iporaenses foram recebidos em Ceres pela prefeita da cidade, Inês de Brito e também pela secretária de saúde do município, senhora Janayna. Elas mostraram as dependências da UPA daquela cidade e relataram sobre todo o funcionamento.
Os vereadores constataram em Ceres que a UPA funciona dentro do contexto geral de saúde pública da cidade e ainda juntamente com unidades particulares de saúde conveniadas. Dentro de um quarteirão, onde desde antes já existia o Hospital Pio X, a UPA foi edificada. Seu funcionamento é auxiliado por aquela unidade de saúde, equivalente a um hospital municipal. Dentro desse quarteirão estão vários serviços ligados à saúde, no qual os mais diferentes tipos de serviços se auxiliam mutuamente.
Embora a cidade de Ceres seja menor do que Iporá, conseguiu edificar uma UPA de nível 2, com capacidade para mais atendimentos. A UPA em Iporá é de nível 1. Lá, o prédio foi equipado com um recurso aproximado de 500 mil reais. Em Iporá o recurso disponível é de aproximadamente 800 mil reais. A prefeita Inês de Brito contou aos visitantes que fez uma pactuação de atendimento com 26 municípios daquela região. Pelo entendimento entre estes os municípios ajudam nos custos financeiros conforme os atendimentos destinados a pacientes de cada um destes.
A prefeita de Ceres fez questão de dizer aos iporaenses que não importa com um incremento no número de atendimentos, uma vez que quanto mais atende, mais a sua gestão é financeiramente recompensada pelo SUS. Outra articulação que viabilizou o funcionamento da UPA de Ceres foi uma parceria com uma organização social (entidade filantrópica) que administra a unidade de saúde.
Os vereadores afirmam que em Ceres, dentro deste complexo de saúde que foi criado (Hospital, UPA, SAMU e laboratórios) raramente um paciente é encaminhado à Goiânia. Geralmente todos os casos na área de atendimento de emergência são resolvidos. Quando não são possíveis, o paciente é levado à Goiânia com todos os procedimentos prévios já feitos (exames).
Os vereadores voltaram ainda mais convencidos de que a UPA de Iporá é perfeitamente viável e os exemplos de Ceres são adaptáveis à nossa realidade. A reportagem tentou também falar com Neila Borges de Lima sobre esse assunto, mas na tarde desta quinta-feira não conseguimos localizá-la. Como ela é experiente em saúde pública e foi até lá em nome da Secretaria Municipal de Saúde as impressões dela a respeito UPA de Ceres seriam importantes.