O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) gerou debate nesta semana ao anunciar a possibilidade de invadir terras em diferentes regiões do país. A ameaça foi feita pelo líder do movimento, João Pedro Stedile, durante uma reunião com representantes de movimentos sociais e, depois, reforçada em entrevista concedida à imprensa. A declaração gerou preocupação entre políticos e lideranças do Agro, que temem uma escalada de conflitos no campo. O senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO) foi um dos que se posicionou contra as invasões e usou as redes sociais para criticar a fala de Stedile.
“Se essa ameaça do MST se concretizar e o Governo Federal não fizer nada para impedir as invasões, será muito danoso para o País. É inaceitável que ainda permitam o desrespeito à Constituição, com essas invasões criminosas”, disse o senador em sua conta no Twitter.
A Constituição brasileira garante o direito à propriedade privada e estabelece que a desapropriação só pode ocorrer por justa indenização. O MST, que havia reduzido drasticamente a quantidade de invasões durante a gestão do presidente Jair Bolsonaro, tem anunciado que irá retomar as invasões, o que preocupa o setor do Agronegócio. Como Goiás é um dos principais produtores de grãos e carne, as ameaças do MST atingem diretamente o estado. “Isso preocupa o setor do agronegócio, que é um dos grandes motores da nossa economia, além de manchar ainda mais a imagem do Brasil”, explica Vanderlan Cardoso.
O MST afirma que as invasões são uma forma de pressionar o governo a cumprir a “função social da propriedade” e promover a distribuição de terras. No entanto, a prática é considerada ilegal e pode gerar conflitos e prejuízos aos produtores rurais, refletindo negativamente na economia de Goiás e do Brasil.
Essa situação deve ser discutida no Congresso Nacional, onde os parlamentares defendem ações mais efetivas para garantir o cumprimento da lei e evitar o conflito no campo. O senador Vanderlan Cardoso é um dos que defende uma atuação mais firme do Estado para garantir a segurança jurídica e evitar prejuízos aos produtores rurais e à imagem do país. “O Congresso precisa agir de modo a coibir essas ações criminosas”, finalizou.