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Ações do Janeiro Branco tem avaliação positiva feita por organizadores

Eros Guimarães, um dos mobilizadores: É preciso cultivar uma cultura do cuidado.

Nos últimos dias, pela primeira vez em Iporá, aconteceram atividades do Janeiro Branco, movimento articulado pela Toca, já conhecido Ponto de Cultura da cidade e que tem diversificado suas atividades ao longo dos anos. Na entrevista a seguir, Eros Guimarães, que é músico, poeta, pedagogo e produtor cultural da Toca,  fala em detalhes sobre as atividades realizadas e porque essa preocupação com a Saúde Mental, que foi o ponto central da Campanha Suave Mente, desenvolvida dentro do Janeiro Branco. 

 

OESTE GOIANO: Quais foram as principais atividades desenvolvidas na Mobilização Suave Mente? 
EROS GUIMARÃES: Realizar a Mobilização Suave Mente foi um desafio, seja porque foi a primeira vez que realizamos o Janeiro Branco em Iporá, seja porque estamos vivendo a segunda onda da epidemia de Covid-19 que nos impõe uma série de restrições. Junto aos parceiros da Mobilização, criamos formas alternativas de disseminar conteúdos e envolver a comunidade. Ao longo do mês, foram produzidos mais de 70 conteúdos próprios, entre vídeos, cards educativos, artigos de opinião, músicas, chamadas de rádio, entre outros, produzidos pela Toca em parceria com a psiquiatra Loraine Cruvinel, o psicólogo Washington Andrade, a instrutora de Yoga Eliza Brasil e artistas, como o músico Neivan Muniz. Para driblar a impossibilidade de promovermos aglomerações, houve uma ampla parceria entre esses profissionais, a própria Toca, o Oeste Goiano e a Rádio Educativa FM para disseminarmos os conteúdos e alcançarmos o máximo possível de pessoas. Convidamos a comunidade a integrar a mobilização pintando mandalas, promovendo um pouco de suavidade no cotidiano. Distribuímos 150 mandalas e disponibilizamos os arquivos na internet, que também foram impressos por diversas pessoas. Recebemos dezenas de mandalas pintadas e pudemos conferir o resultado incrível da criatividade de cada um dedicada nas pinturas. Essas mandalas foram fixadas pela cidade, a exemplo do Lago Por do Sol, entre outros lugares. Neste último fim de semana, projetamos as mandalas em frente à Toca, encerrando a programação. 

 

OESTE GOIANO: Qual a proposta do Janeiro Branco? 
EROS GUIMARÃES: À semelhança do Outubro Rosa, dedicado à prevenção do Câncer de Mama, o Janeiro Branco é um mês temático dedicado à promoção da Saúde Mental. A ideia é disseminar informações sobre o tema, prevenir doenças mentais, quebrar alguns tabus que geralmente acompanham o assunto. Na minha visão, é um mês sobre o cuidado, com a gente mesmo e com aqueles com quem convivemos. 

 

OESTE GOIANO: Por que essa preocupação da Toca com a Saúde Mental? 
EROS GUIMARÃES: Nosso principal interesse é por perceber que as artes em geral contribuem muito para a Saúde Mental. Em nossos sete anos de atuação em Iporá, em diferentes atividades que já promovemos junto à comunidade, pudemos perceber a contribuição positiva de práticas artísticas no bem-estar da população. Também já acompanhamos vários artistas que, em algum momento, tiveram que lidar com alguma doença e constatamos a grande importância que o fazer artístico tem para a Saúde Mental dessas pessoas. Nesse contexto, começamos a desenvolver, na Toca, alguns projetos de uso da Arte como forma de terapia e também de estimulação mental. Ao longo desse ano de 2021, vamos comunicar para a comunidade cada um desses projetos. De modo que, para nós, começar o ano dentro do contexto do Janeiro Branco fez bastante sentido. 

 

OESTE GOIANO: Qual foi o feedback da comunidade a respeito das informações disseminadas e das atividades propostas? 
EROS GUIMARÃES: Durante toda a Mobilização Suave Mente recebemos diversos depoimentos sobre o quão esclarecedoras foram as informações disseminadas, da mesma forma que as dicas que apresentamos para uma melhor Saúde Mental foram muito bem recebidas. E percebemos também um grande envolvimento das pessoas na pintura das mandalas e relatando como essa atividade simples promoveu tranquilidade e bem estar. Eu, particularmente, me emocionei com uma parceria com a Casa dos Deficientes, quando os internos da Casa pintaram suas mandalas – que ficaram incríveis! 

 

OESTE GOUANO: O que fica de aprendizado dessa primeira edição do Janeiro Branco em Iporá? 
EROS GUIMARÃES: Primeiro, que é preciso cultivar uma cultura do cuidado. E pra isso é preciso desmistificar temas relacionados à ansiedade, à depressão e às doenças mentais em geral. Depois, fica de lição também que o uso da criatividade não tem limites… Conseguimos fazer uma excelente Mobilização sem promover aglomeração. Nesse momento da História da humanidade que vivemos, falar de cuidado é falar também de prevenção. Inserimos em nossos conteúdos alguns alertas sobre a necessidade de evitarmos o contágio de Covid-19. E a receita continua sendo a mesma: máscara no rosto, distanciamento social e higienização das mãos. 

 

OESTE GOIANO: Alguma expectativa para o próximo ano? 
EROS GUIMARÃES: A primeira expectativa é que em janeiro de 2022 já tenha passado essa necessidade de distanciamento social para reunirmos a comunidade também presencialmente, seja em atividades de esclarecimento sobre Saúde Mental, seja com apresentações artísticas que tragam suavidade para esse debate. Estamos muito satisfeitos com o resultado dessa primeira edição do Janeiro Branco em Iporá. No que depender da Toca, ano que vem voltaremos a promover a Mobilização Suave Mente na cidade, com ainda mais qualidade e parceiros, ampliando a participação da comunidade na programação.

 

 

 

 

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