“A diálise não pode parar e muitos dependem dela para sobreviver“. Esta era uma das frases de efeito que manifestantes usaram no final da tarde desta quinta-feira, 25, em ato veemente que clamou pelo reajuste na tabela do Sistema Único de Saúde (SUS). Iporá se somou ao país, uma vez ser ato a nível nacional. As clínicas de hemodiálise estão ameaçando parar de atender pacientes de diálise pelo SUS, já que a tabela está muito desatualizada, preços que não compensam aos empresários da saúde em manter esse convênio.
Os donos das clínicas enumeram uma série de reajustes em outras questões que dizem respeito a manutenção do serviço, enquanto o valor do próprio exame está defasado. O tratamento de pacientes com problemas renais crônicos no país está em “situação dramática”, afirmam em Iporá os proprietários da Nefrocenter, unidade que atende 92 pacientes de diversas cidades da região. Há cálculos no país de que a defasagem do custeio do Sistema Único de Saúde (SUS) chega a 64% do valor da sessão.
Foi com adesivaço e carreata pelas ruas de Iporá que a bronca foi dada. Eram dezenas de veículos e de pacientes que estão solidários aos donos de clínicas. Em Iporá, o adesivaço foi feito nas proximidades do Lago Pôr-do-Sol. Motoristas foram parados para o relato do grave problema. Além de adesivos fixados, carro de som fez ecoar a mensagem, uma mesma que ecoa por todo país.
A campanha desta quinta-feira visou cobrar recursos das autoridades e alertar a população sobre a atual situação das clínicas. A Associação Brasileira dos Centros de Diálise e Transplante (ABCDT) é a entidade que coordena o movimento nacional. Setor privado supre 90% da demanda pública e enfrenta crise com fechamento e endividamento de clínicas.
0 presidente da ABCDT, Dr. Yussif Ali Mere Junior, está mostrando o cenário caótico enfrentado pelas clínicas de diálise, que foi ainda mais agravado com a aprovação do novo piso da enfermagem.
Os 144 mil pacientes renais do SUS está sob risco de ser interrompido, se não houver uma fonte de custeio. Na região de Iporá o recado de protesto foi dado, sendo que prefeitos de cidades da região estão apoiando a clínica de Iporá. Já manifestaram por esse reajuste na tabela do SUS para diálise os prefeitos de Piranhas (Marco Rogério Cândido Leite / Chicão), Amorinópolis (Gustavo Oliveira), Israaelândia (Adelícia Moura) e de Iporá (Naçoitan Leite).
