Só dois vereadores tiveram coragem de se apresentar ao lado do prefeito Naçoitan Leite, para permitir a ele renovação da licença. Mas os votos de Roni Costa e Wenio Pirulito não foram suficientes para impedir que o prefeito ora preso e afastado ficasse sem a legalização de sua condição.
Desta forma, com mais de dois terços foi reprovado o Decreto Legislativo 30/2023, que teve parecer favorável da assessoria jurídica. Os vereadores que votaram contra o Decreto Legislativo alegaram que não se tratava de um pedido de licença para assunto particular ou de saúde, e sim, uma situação de prisão, não tendo nada a ver para lhe dar o direito a referida licença.
Em 4 de janeiro vencerá o prazo da atual licença, que foi antes concedida. Em 27 de dezembro passado o prefeito Naçoitan Leite pediu a renovação desta licença. O vereador Moises Magalhães explicou a um plenário lotado que após 15 dias em que o prefeito estiver fora do cargo e sem licença, abre-se um prazo de ilegalidade para ele, que passa a enfrentar uma outra situação delicada. O vereador Samuel Martins explicou que se o prefeito Naçoitan Leite conseguir liberdade nos próximos dias pode pedir que seja reempossado. Da vereadora Heb Keller os presentes ouviram que o prefeito enfrenta as acusações da Comissão Especial de Inquérito (CEI) e também tem uma auditoria em contas públicas que levanta suas improbidades administrativas.
A sessão dessa manhã de terça-feira, 2, teve momentos tensos e de suspensão dos trabalhos. Os presentes que lotaram o auditório estiveram manifestando muito em favor de que se negasse o pedido de licença. Mas o prefeito afastado também tinha pessoas de seu grupo político em plenário. O vereador Adriano Sena Coutinho presidiu com muita serenidade os trabalhos legislativos da sessão.