A primeira rodada de sessões da Câmara Municipal de Iporá transcorreu sem que os vereadores tomassem providência quanto a criação de duas novas Comissões Parlamentares de Inquéritos (CPIs), o que era cogitado antes, em questões quanto ao prefeito afastado Naçoitan Leite.
Esperava-se e foi até previsto nos bastidores políticos que entre os dias 5 e 10 de fevereiro, dias das primeiras sessões ordinárias do ano, seria tomada a providência de criação das duas CPIs ou Comissões Especiais de Inquéritos (CEIs), mas isso não ocorreu, com o período de sessões sendo usado em apreciação de matérias do Poder Executivo e mais de 40 requerimentos que foram aprovados.
Imerso nestas intensas atividades a Câmara Municipal de Iporá não deu início ao que houvera sido anunciado, que foram a criação de CPI sobre a vacância do cargo de prefeito e sobre as supostas improbidades administrativas contidas no resultado do relatório da Auditoria de Contas da Prefeitura na gestão de Naçoitan Leite.
Para não ficar totalmente em branco quanto a providências a serem tomadas, foi feito um pedido de abertura da CPI, que após emitido, pode ser objeto de ação da Câmara em 72 horas depois. Esse pedido é quanto à vacância do cargo e foi protocolado na sexta-feira, 9.
Mas como não ouve ainda uma ação nessa direção, isto fica só para as sessões de março. A CEI que foi criada ainda no ano passado, de iniciativa do vereador Moisés Magalhães, com outras denúncias de irregularidades na gestão de Naçoitan leite, está em andamento. Essa CEI é presidida pela vereadora Heb Keller e ainda não foi feita a oitiva de testemunhas, já que nestes primeiros dias pós-recesso, os vereadores estavam envoltos na tramitação das matérias.
Sobre estas atividades da Câmara de Iporá a reportagem ouviu o seu presidente, vereador Adriano Coutinho (Didi). Ele respondeu ao nosso contato, afirmando que, de fato, essa pauta de CPI e CEI fica para março. Enquanto isso, a situação do prefeito ora preso, Naçoitan Leite, é desimpedida com relação ao cargo do qual está afastado. Se livre, poderia assumir. Ainda enquanto isso, o Ministério Público (MP) atua no estudo das supostas improbidades administrativas para que, perante a Justiça, possa tomar as medidas cabíveis, de punição ao gestor anterior.