Tem início hoje, segunda-feira, 23, o Festival da Loucura, iniciativa do curso de Psicologia da Uniporá, para temas referente ao comportamento humano, a mente e com apresentações artísticas. O “Festival da Loucura” acontece até o dia 27 de setembro, no auditório da Uniporá, com a seguinte programação:
Nesta segunda-feira haverá uma palestra sobre Setembro Amarelo, às 20:30h
Na terça-feira, está previsto a Peça Teatral intitulada “A sabedoria se disfarça loucura” também às 20:30h
Já na quarta-feira será mostrado o Filme “Nise – O coração da Loucura”, às 19h
Em todos esses dias de evento haverá posteriormente apresentações no “Show de Talentos”, que visa explorar as potencialidades artísticas dos estudantes e da comunidade que desejem participar. Será das 21 às 22h, nos dias 23, 24 e 25. Nesse momento serão declamadas algumas poesias, autorais ou não, além de haver algumas telas para pinturas comunitárias.
Caso haja interessados em expor outras formas de manifestação artística, como dança e música, o espaço está aberto.
No dia 27/09 para o encerramento do evento haverá o show com Augusto Moura na “Noite Divergente”, ocasião em que o público é convidado para vir caracterizado ou fantasiado, de uma maneira que não iria a outro lugar. A Universidade lembra que devem ser respeitadas as normas sociais e da instituição, já que o intuito é de validar a subjetividade e criatividade das pessoas que são podadas no dia-a-dia. O show de Augusto Moura acontecerá das 19:30h às 21:30h. Após o encerramento, os organizadores vão convidar para o palco os que queiram se aventurar no karaokê.
Sobre a loucura, tema do evento
A loucura adquiriu diferentes significados ao longo da história. Seja como um dom divino, um privilégio, ou até mesmo como uma punição e manifestação demoníaca. A loucura foi vista desde algo sagrado, quanto algo que deve ser banido, ou até mesmo com tom de comédia.
Os loucos, geralmente, eram pessoas com algum transtorno mental, estes que passaram a ser vistos como doença, uma vez que não servia ao sistema, não produzia da mesma forma. Essa concepção se ampliou, de forma que rebeldes e pessoas contra determinado governo também eram tidos como loucos e enclausurados.
De forma geral, “o louco” percebia e se relacionava com a sociedade de maneira diferente do convencional e, justamente por isso, eram considerados loucos, por fugirem à “norma”.
Atualmente, apesar da humanização que a “loucura” passou a ter, ela ainda é estigmatizada pela sociedade. O “Festival da Loucura” vem no intuito de celebrar diferentes subjetividades, de valorizar a diversidade e as diferentes formas de expressão e de vida. O nome é uma referência ao “Festival da Loucura” que ocorre nas ruas de praças de Barbacena, com o objetivo de mostrar a relação genial entre a arte e a insanidade. É um evento cultural, artístico e científico, que marca a transformação do imaginário social sobre a loucura em uma cidade onde se teve um dos maiores hospitais psiquiátricos e consequentes violações de direitos dos institucionalizados.
