Assim como estava previsto, produtores rurais da região de Iporá, mobilizados pelo Sindicato Rural, fizeram na tarde desta sexta-feira, 18, o protesto diante do escritório local das Centrais Elétricas de Goiás (CELG). Nos cálculos dos organizadores, 1.500 pessoas (entre ruralistas e os que foram buscar leite) participaram do protesto em que se reclamou sobre a precariedade de linhas de transmissão da CELG e que, nos últimos meses, estão continuamente deixando os produtores sem energia elétrica e trazendo grandes prejuízos.
No ato de protesto teve pronunciamentos, distribuição de leite e até o derramamento do produto na rua, como forma, segundo eles, de mostrar a indignação dos ruralistas. Foram 4.850 litros de leite distribuídos. Adailto Antônio Leite, agora na presidência da Junta Governativa do Sindicato Rural de Iporá Diorama e Israelândia, coordenou as ações de manifesto e contou com amplo apoio de diversos sindicatos rurais da região (Arenópolis, Bom Jardim de Goiás e Piranhas).
Em carro de som na porta da CELG os líderes ruralistas fizeram várias reclamações sobre a ineficiência da distribuição de uma energia elétrica para as fazendas que atualmente é cara e que, o que é pior, é algo com o qual não se pode contar diariamente, já que as interrupções no fornecimento são frequentes e causam muitos prejuízos, principalmente, a perca do leite contido em tanques de resfriamento.
Ao ato de protesto veio Victor Hugo, representando a FAEG (Federação da Agricultura do Estado de Goiás) e Arthur Eduardo Antônio Azevedo (Presidente da Agrodefesa). Segundo os diretores do Sindicato, eles hipotecaram apoio ao protesto dos produtores.
Os líderes sindicais contam que assim que soube que haveria o protesto, a direção da CELG chamou para conversar e para que o ato não acontecesse. Os organizadores preferiram fazer a manifestação. Ficou definido que a CELG terá um prazo de até primeiro de fevereiro de 2016 para resolver esta questão, caso contrário será organizado um ato maior, na capital do Estado.