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Sítio é exemplo de muita produtividade com criação de rãs e coelhos

Doro e Norma: Exemplo de produtividade diversificada

A reportagem do Oeste Goiano voltou nos últimos dias ao sítio de Dorivaldo Rocha (Doro) e a esposa Norma, a Chácara Sonho Feliz, propriedade que fica ao lado da cidade de Iporá, margens do córrego Tamanduá, e há um quilômetro do Setor Serrinha. Em outra oportunidade já mostramos a produtividade deste sítio de apenas dois alqueires, mas onde com inteligência e muito trabalho os seus proprietários fazem a diferença. 

Uma marca da chácara é a inovação. O senhor Doro sai da mesmice e mostra as diferentes possibilidades produtivas de quem tem uma área pequena. Seus últimos empreendimentos no sítio foram em criação de pequenos animais: rãs e coelhos.

Ele iniciou uma criação de rãs que conta com 4 mil animais, mas que tem capacidade para chegar a 20 mil. O negócio é lucrativo. Um quilo de rã em uma churrascaria pode chegar a 70 reais. Três rãs adultas abatidas significam um quilo. A venda do produtor a um atacadista que compra o animal vivo em qualquer quantidade é por 17 reais.

Em supermercados o quilo de rã custa geralmente por volta de 35 reais. Na região de Iporá não se tem esse hábito de consumir essa carne. Mas o mercado é garantido em grandes centros e ele tem os contatos com quem comercializar e que até o orienta sobre a forma de manejar a criação.

Na Chácara Sonho Feliz, o proprietário Doro, homem versátil e que é também pedreiro, fez ele próprio o galpão que abriga esses animais e está preparando uma ampliação, nova área para a reprodução de matrizes. O sitiante faz tudo em conformidade com técnicas que aprendeu junto a aqueles para os quais irá vender os animais. Ele explica que, tanto em rãs quanto em coelhos, não há incidência de doenças, apenas um caso ou outro, sem prejuízo significativo.

Outra criação que é novidade na região são os coelhos da Chácara Sonho Feliz. Trata-se de mais uma criação de animais visando a exportação para grandes centros e não se pensa na venda na região de Iporá, onde também não se tem o hábito de consumir este tipo de carne. Assim como a da rã, a carne do coelho é nutritiva e saborosa. Para preparar galpão e iniciar a criação, ele mais uma vez ouviu as orientações de técnicos da área e fez tudo de acordo com condições exigidas para este tipo de animal: higiene, área coberta e a alimentação correta. Nos dois casos, de rãs e coelhos, é fornecida a ração apropriada que é vendida pelas casas de produtos agropecuários. No caso dos coelhos, agrega-se a alimentação tudo que é verde na chácara e que puder ser colocado dentro do galpão.

A criação da chácara tem 200 coelhos adultos e, no caso desse animal, a reprodução é muito rápida. As vendas de coelhos para abates ocorrem em período curto. A cada 30 dias a coelha reproduz, com ninhadas que podem chegar a 10 filhotes. Com tantos coelhos e simplicidade no manejo, o lucro é certo! O senhor Doro vende por 8 reais o quilo do animal vivo e na venda no varejo esta carne chega ao consumidor por 25 reais/kg.

Tanto de rãs quanto de coelho, não são carnes comuns. Além de nutritivas e saborosas, são alimentos leves que estão sendo cada vez mais procurados por um público que evita as carnes vermelhas, mais prejudiciais para a saúde.

Para esta reportagem do OG o senhor Doro e a esposa Norma disseram que estão satisfeitos com as inovações em criações de animais. Eles dizem que gostariam que mais pessoas do município de Iporá aderissem à essas práticas, pois assim cairia o preço de frete quando da comercialização para Goiânia. O senhor Doro reclama do poder público em Iporá que não tem dado incentivo para os produtores rurais. Mesmo uma máquina para preparar o solo em local de obra ou um trator para arar uma terra, não se consegue. Quando é possível um agendamento de serviço desta natureza, querem cobrar óleo diesel e hora extra de operador, o que faz ser melhor ir direto contratar o serviço na iniciativa privada.

Produtores como o casal do Sítio Sonho Feliz merecem mais apoio do poder público, pois estão com disposição de produzir e, inclusive, trazendo atividades novas para a região. A chácara é um exemplo de produtividade. Já vendeu e obteve lucro com madeiras de eucalipto e tem em pé centenas de seringueiras que, a partir deste ano, já serão sangradas para extração do látex, matéria prima da borracha. Essas árvores de existência centenária serão lucro permanente para o casal e seus herdeiros.

Dentre a mata de seringueiras, há uma criação de galinhas, outra atividade a ajudar no orçamento da família. Tem plantação comercial de pimenta do reino e figo. Eles ainda acham tempo para cuidar de um viveiro de mudas para vendas.

E em todas manhãs e tardes, incluindo domingos e feriados, o senhor Doro tem a ordenha de vacas, que são poucas, mas que também significam renda com a venda do leite resfriado, já que ele tem o equipamento e até cede por empréstimo para vizinhos que não tem como resfriar leite. Sua chácara está cada vez mais bem equipada.

Antes de investir em plantio de centenas de seringueiras, essa área foi exemplo de produtividade de arroz, melancia e abacaxis. A história da Chácara Sonho Feliz é exemplo para todos, onde um casal faz a boa diferença e merece o aplauso da comunidade. O terreno foi adquirido pelo Programa Crédito Fundiário, do Governo Federal. Nesta mesma visão e luta para desfrutar dos direitos que o homem do campo tem, o casal pleiteou e conseguiu, também com programas federais de governo, fazer uma boa casa no local (Programa Minha Casa Minha Vida Rural) e, em seguida, trazer a eletrificação, através do Programa Luz no Campo.

Com vida simples e boa, Doro e Norma prosseguem entusiasmados na atividade produtiva. Os filhos já estão criados. Quem visitá-los vai os encontrar trabalhando. A senhora Norma, além das ocupações de dona de casa, pega em ferramentas e ajuda o marido naquilo que estiver mais urgente para ser feito.

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