Sávio Gomes, empresário em Iporá que atua no ramo de combustíveis, pneus e de perfuração de poços artesianos, está com quase tudo pronto para funcionamento do frigorífico de peixes. É mais um investimento desse iporaense. Quanto a criação de peixes, ele já pratica desde algum tempo. Agora, nas proximidades de Jacinópolis, há cerca de 5 km de Iporá, fez grande edificação onde será a sede da empresa Iporá Fish.
O frigorífico tem a finalidade de abater e preparar para a venda os 400.000 peixes que ele sempre tem em criação. A possibilidade de abate do frigorífico de 10 mil peixes/dia. Há a finalidade de atender também a demanda de outros piscicultores da região que já atuam, além daqueles que se preparam para adentrar no ramo. “O peixe para que tenha uma profissionalização de seu comércio e para que seja exportado, é preciso passar pelo serviço de frigorífico, conforme exigência de lei”, explica Sávio Gomes.
“A existência de um frigorífico de peixes dá condições para que a região de Iporá possa ser, de fato, um pólo de piscicultura”, costuma afirmar Sevan Naves, outro que cria peixes no sistema de aquicultura (gaiolas submersas em lago). Sevan Naves tem criação no Lago da PCH Mosquitão. Sávio Gomes está com criação na PCH Santo Antônio, além de estar presente também em outra propriedade, no sistema de poços escavados.
Anuncia o investidor que a Iporá Fish é marca que estará nos supermercados, em embalagens a vácuo, com diferentes formas para alimentação, mas sempre com a tilápia, a espécie que Sávio Gomes escolheu como a ideal para um mercado que é exigente em sabor.
O prédio da Iporá Fish foi feito com planta industrial, de acordo com a legislação para a área. Os equipamentos estão sendo colocados no local, onde vai se trabalhar em ambiente de 16 graus. Uma sala de acondicionamento de produtos prontos será em temperatura de 30 graus negativos. Os peixes da Bacia do Rio Caiapó, local de criação, são levados com acondicionamento frio para o frigorífico. Ali, a princípio serão 20 funcionários, no preparo dos peixes. Sávio Gomes explica que esse número de funcionários pode chegar até a 100, conforme ir avançando o polo de piscicultura da região de Iporá. Ao lado do prédio feito, tem área reservada para possível expansão.
Atualmente, nas criações de peixes a Iporá Fish já tem 6 funcionários e em momentos de pesca, esse número aumenta para até quase 20. O mercado de trabalho a ser aberto com a Iporá Fish ampliará também com um empório de peixe a ser aberto no centro da cidade de Iporá e ainda com a contratação de equipe de vendas e a logística de transporte para outras regiões do país.
O empresário Sávio Gomes já está sendo contactado por outro investidor que quer abrir um curtume de pele de tilápia na região de Iporá. Sabe-se que esse é material valioso usado em bolsas e outras artigos finos, além de aplicação medicinal. O suposto curtume pretende adquirir a pele do animal para tratamento e destinação para a indústria.
Sávio Gomes está entusiasmado com o investimento. Segundo ele, piscicultura é um bom negócio, especialmente em uma região onde se tem um frigorífico, já que isso profissionaliza os negócios da área e dá condições de exportação, dentro do que prevê a legislação. Ele afirma que a potencialidade da Bacia do Caiapó,. através da lâmina dágua que já existe, dá condições de se produzir um milhão de toneladas de peixes. No caso da tilápia, do alevino ao ponto de abate, são 8 meses para se chegar ao produto. E além da Bacia do Caiapó, fazendeiros e sitiantes, em poços escavados, também poderão adentrar no negócio, tendo o novo frigorífico como parceiro para dar ao peixe condições de ir ao mercado.