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Empresários avaliam vendas constatando menos notinhas a crédito

Vendas por cartão de crédito aumentam, enquanto reduzem-se consultas ao SPC

O uso do cartão de crédito e do pix foram marcantes nas vendas desse final de ano de 2021, o que evidencia uma tendência de momento, ao mesmo tempo em que as compras com notinhas de promissórias retraíram. 

A reportagem do Oeste Goiano conversou com a secretaria executiva da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Iporá, com o presidente da entidade, Francisco de Assis Souza, e com outros dois empresários da entidade. De comum entre eles está a constatação de que a compra feita no modelo anterior, a crédito e sujeita a consulta ao Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) está cada vez mais em desuso. As compras estão migrando para o cartão de crédito ou pix (pagamento instantâneo via transação bancária). 

No ano passado, 2020, durante o mês de dezembro, o número de consultas na CDL para compra a crédito (SPC) foi de 6.003. No dezembro deste ano, bem menos: 4.472. Isso significa uma queda de cerca de 26% nas compras em promissórias. Portanto, vendas com transações mais resumidas, e que não estão sujeitas a eventuais inadimplências. Os empresários gostam dessa nova forma de procedimentos em compras. 

Mas sobre a quantidade de vendas, nem sempre os comerciantes estão satisfeitos. O efeito pandemia ainda prejudica o comércio. O empresário Joaquim Nifo, do Varejão dos Tecidos, disse que as vendas de Natal já não são como antes e que esses números de menos consultas no SPC são reflexos também de menos vendas. Outro fator que ele cita prejudicial para as vendas é o achatamento salarial do grande público consumidor. 

A família de Cleiber Miguel tem estabelecimentos comerciais em dois ramos diferentes. Segundo ele, em uma das áreas, que é o segmento rural, a falta de mercadorias prejudicou as vendas. Na loja de moda da esposa, ele observa que a venda a cartão de crédito aumentou muito. Ele acredita que o comércio vendeu bem, mas é preciso do empresário ser sempre inovador. 

Francisco de Assis Souza, o presidente da CDL, avalia que neste ano as vendas foram um pouco mais antecipadas, sem um fluxo grande na noite de Natal e dias anteriores, com consumidores que procuraram as lojas mais cedo, em dias anteriores. Ele avaliou que as vendas boas foram impulsionadas por pagamentos da folha de funcionalismo do Estado e da Prefeitura. Dessa forma, um grande público pode fazer suas compras a vista, o que foi bom para os comerciantes. 

 

 

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