No grupo de whatsapp da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Iporá essa manhã de segunda-feira, 30, foi de bronca de comerciantes quanto à Festa de Maio em seu lado comercial, com barracas na Avenida 15 de Novembro. As reclamações são muitas; desde a dilatação no tempo de festa quanto à higiene das ruas próximas às barracas. Tudo isso, além da evasão de divisas, com o comércio local ficando em esquecimento nos próximos dias, tendo em vista as compras feitas pela população local nos barraqueiros.
O bloqueio das ruas que cortam a avenida das barracas deixa comerciantes das proximidades em situação difícil para locomoção, visibilidade e acessibilidade às suas lojas. E uma reclamação maior nesse ano foi quanto a insuficiência de banheiros químicos e o mal cheiro cheiro de urina em frente as lojas dos locais próximos da avenida de festa. Reclamou-se ainda de veículos de barraqueiros visitantes estacionados de forma a prejudicar comerciantes.
O alvo maior das reclamações é a Prefeitura de Iporá que, na opinião de comerciantes, não consegue oferecer estrutura para a grandeza da festa e, em razão disso, advém os diversos problemas. Sem convênio da Prefeitura (SMTU) com a PM, o trânsito também fica a revelia.
Pelos comerciantes, quem mais reclama é Paulo Sérgio da Silva, da loja Paraíso Infantil, que teve sua porta em imundície de urina e fezes, além do estacionamento de um veículo de barraqueiro que o prejudicou por duas semanas. “Iporá é terra sem lei”, resume ele, conclamando que a CDL tome atitudes com vistas ao futuro desta festa.
Uma reclamação muito recorrente entre os comerciantes é quanto ao desrespeito da Prefeitura de Iporá para com uma lei que limita o tempo da festa. Neste ano, foram mais de dez dias de festa, relata Paulo Sérgio e ele acredita que, mesmo agora, com corte de energia, alguns barraqueiros ainda vão permanecer na avenida, tentando mais vendas.
Radivá Rocha de Carvalho, ex-presidente da CDL, afirma que essa luta quanto a festa tem sido longa. Ele relembra luta por mudança de local de festa e afirma que essa lei de tempo de duração de festa nunca foi cumprida, e que é preciso ir reclamar na Prefeitura e até no Ministério Público, se necessário.
Radivá afirma que essa luta tem que ser de todos, a fim de se evitar todos estes problemas trazidos pela festa. Outro comerciante e que não quis se identificar afirma que, infelizmente, nem todos estão unidos quanto à esta questão da Festa de Maio. É citado o exemplo de empresários da Avenida 15 de Novembro que, ao invés de protestar, preferem que assim seja, com festa neste local, pois locam calçadas para barraqueiros.
O problema parece complicado. Se a Prefeitura quiser manifestar, tem espaço neste veículo de comunicação.
Comerciante Paulo Sérgio da Silva que classifica Iporá como terra sem lei