Visitou nesta sexta-feira, 17, o Câmpus de Iporá da Universidade Estadual de Goiás (UEG) o reitor e candidato à reeleição, professor Haroldo Reimer. Ele chegou à tarde e ficou até à noite, contactando alunos, funcionários e professores, todos com direito a voto na eleição do próximo dia 23 de junho. Ele é um dos cinco que disputam o cargo.
Em Iporá, bem à vontade, na unidade onde é lotado e de onde saiu para ser o Reitor em primeiro mandato, falou de seu trabalho nestes últimos 4 anos e do que o motiva para pleitear mais um mandato. Ele recebeu a reportagem do Oeste Goiano para entrevista (foto).
Como metas para o futuro lista o curso de Direito para a unidade de Iporá, que não será fácil, segundo ele, mas que está sendo tentado com afinco. Haroldo Reimer anuncia que a médio prazo será construído o auditório na unidade. Dentre as ações para o câmpus de Iporá, o candidato a reeleição para a Reitoria, lista também a melhoria da biblioteca.
Os adversários do reitor costumam o culpar de não ser incisivo junto ao Governo de Goiás na defesa da UEG, com vistas a mais recursos e mais apoios. Haroldo Reimer se defende dizendo que não é bem assim, afirmando que tem uma relação diplomática com o Governo de Goiás e que traz benefícios com a forma como faz o diálogo.
Ao avaliar a caminhada até aqui, Haroldo Reimer diz que, entre as ações que merecem destaque em seu reitorado, o processo de gestão compartilhada. “Nós entendemos que gestão compartilhada é primordial para o crescimento da UEG. Ela promove agilidade nos processos, pois permite que a gestão local direcione os investimentos às áreas prioritárias e as demandas urgentes de cada câmpus”, observa.
Haroldo Reimer explica que esse processo já se encontra em andamento e deve ser intensificado em caso de segundo mandato. “Desenvolvemos uma série de ferramentas para auxiliar nesse processo. Uma delas é o sistema Finis, desenvolvido por nossa equipe de T.I, que permite o acompanhamento financeiro de cada câmpus e permite aos diretores e diretoras, a tomarem decisões e monitorar suas despesas”, exemplifica.
Nesse sentido uma das metas para próxima gestão é aumentar o fluxo de parcerias que posam gerar financiamento externo para as atividades da Universidade. “Tendo como exemplos as grandes Instituições nacionais, nós pretendemos aumentar o número de parcerias que se desdobrem em recursos para a própria UEG. Por exemplo, em Ipameri temos um laboratório de análise de solo que pode atender a demanda local com qualidade e valores justos”, observa.
Ele também cita o câmpus Eseffego, em Goiânia, que recentemente adquiriu equipamentos para um laboratório de medicina esportiva. O segundo em toda região centro-oeste. “Esses equipamentos podem render parcerias importantes para a UEG, além de promover o desenvolvimento da área acadêmico-científica da Instituição”, observa.
Inclusão e permanência
Uma das marcas fortes da UEG é seu processo de expansão para o interior do estado, o que promove o acesso ao ensino superior. Entretanto, não basta apenas entrar é preciso condições de permanência para conclusão do curso superior.
“Temos disponíveis hoje 1600 bolsas em 9 modalidades. Sendo a principal delas a de permanência no valor de r$ 600. Esse é um investimento importante em uma Instituição como a nossa que conta com 70% de seus estudantes vindos de famílias que ganham menos de três salários mínimos por mês” observa. Ele aponta que em sua gestão o investimento em bolsas foi de R$ 400 mil, em 2012, para R$ 7,5 mi em 2016.
Outro ponto importante é oferecimento de pós-graduações. Atualmente a UEG possuí 10 programas de mestrado e um doutorado, além de 35 cursos de pós-graduação, em nível de especialização. “As nossas pós-graduações, em todos os níveis, também são gratuitas. Temos programas de mestrados em Anápolis, Ipameri, Morrinhos, São Luís de Montes Belos, doutorado em Anápolis, além de especializações em todo o estado. Veja bem: estamos levando graduação e pós-graduação para o interior do estado. Algo pouco comum no ensino superior”, aponta.
Haroldo Reimer salienta ainda que seu programa de gestão é baseado em seu conhecimento da UEG. “Meu plano de gestão é calcado na realidade da UEG. Por isso é o melhor. Não estamos fazendo uma campanha de promessas saídas do nada e que não terão condições de serem cumpridas. O que estamos propondo é uma gestão madura que entende a realidade e os limites da Instituição”, afirma.