Publicamos hoje o décimo quarto capítulo do livro ISRAEL AMORIM: UM HOMEM QUE RELUZIU MAIS QUE SEUS DIAMENTES. A Obra é de Ubirajara Galli e que foi patrocinada por Jaldo de Souza Santos, com incentivo de Elpídio Júnior e Davi de Souza Santos.
A derrota que poderia ter sido evitada para Manoel Antônio da Silva
João de Sousa Santos, cunhado de Israel Amorim teve uma participação importante na vida administrativa, religiosa e educacional de Iporá. Foi o primeiro diretor da Câmara
Municipal de Iporá e contador por profissão, foi o primeiro profissional da área a trabalhar em Iporá. João de Sousa Santos teve em suas mãos a possibilidade de mudar o futuro político de Iporá, em sua segunda eleição para escolha de prefeito, sendo ele o encarregado pelo seu cunhado Israel Amorim para fazer o registro da candidatura a sua sucessão.
Diante de ameaças para impedimento da candidatura de Antônio Mendes da Silva, orquestradas pela oposição, Israel Amorim deixou com João de Sousa Santos, a possibilidade da inscrição, de um segundo nome, acaso o juiz da Comarca de Caiapônia (à época, Iporá pertencia à Comarca de Caiapônia), entendesse que Antônio Mendes da Silva seria realmente inelegível. Fato que não ocorreu.
O juiz, que era maçom, e que conhecia Euclides Costa Nunes (também maçom), ele, o segundo nome indicado por Israel Amorim para concorrer a sua sucessão, perguntou a João de Sousa Santos:
— Por que o senhor não registra como candidato Euclides Costa Nunes (concunhado de Israel, casado Aldenora Sousa Santos), ele não é melhor preparado para essa disputa? Ele não representa uma melhor opção para Iporá?
— Concordo, plenamente, com o senhor. No entanto, por uma questão de fidelidade, honestidade, não posso fazer isso, com o Israel.
Provavelmente, se Euclides Costa Nunes tivesse sido candidato e vencedor da eleição, pela sua superior condição intelectual para exercer a gestão pública, poderia,sem dúvida, ter colaborado para melhor desempenho de Israel Amorim, na sua surpreendente eleição, perdida para Manoel Antônio da Silva. Ainda, quem sabe, melhor desempenho na sua eleição para deputado, alcançaria a titularidade, ao invés da primeira suplência obtida.
Recurso para a eleição perdida
Embora em vida, Israel Amorim, tenha negado, em depoimento, ao escritor iporaense Moizeis Alexandre Gomis, qualquer iniciativa de sua parte para impetrar recurso contra a sua eleição perdida para Manoel Antônio da Silva, registrado em seu livro Uma Viagem no Tempo de Pilões a Iporá, João de Sousa Santos revelou-me que a história não foi bem assim. Israel Amorim recorreu, sim, do resultado das urnas, ao Tribunal Regional Eleitoral.
O escolhido para representá-lo junto ao TRT, segundo depoimento de João de Sousa Santos teria sido um médico, cujo nome não foi lembrado. Isso teria pesado, sobremaneira, no resultado negativo do pleito apelativo de Israel Amorim, pelo fato do seu representante jurídico, ser um médico e não advogado.
Os Desembargadores viam nessa representação uma situação desmoralizadora para a instituição. Daí, sequer teria sido julgado o mérito do recurso de Israel Amorim.