Currais com piso concretado, uso de motobombas para desinfecção, rodolúvios localizados nos portões de ingresso de veículos, sala de serviço de inspeção e sistema de captação de detritos. Estas são algumas das exigências que a Agrodefesa passou a fazer dos recintos de leilões no Estado de Goiás.
Na região Oeste de Goiás, onde a prática de leilões é intensa, isso atinge diretamente um segmento importante da economia. A Agrodefesa alega questões de sanidade animal para fazer as exigências. A princípio, as exigências eram radicais. Mas agora o órgão governamental está aceitando fazer com os proprietários de recinto um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) pelo qual os empresários se comprometem a fazer as adaptações dos locais no prazo de até dezembro de 2013.
Os empresários do ramo reclamam que estas adaptações são onerosas. Existem orçamentos feitos de que uma adaptação completa de um recinto pode custar até 200 mil reais.
Greve continua dificultando a realização dos leilões
Donos de leilões e leiloeiros estão reclamando de dificuldades para a realização da comercialização via leilão. Isto diz respeito a greve de veterinários e agrônomos da Agrodefesa, órgão que fiscaliza e emite documentos para a área animal e vegetal.
Ter que se deslocar dezenas de quilômetros para conseguir uma Guia de Transporte Animal (GTA) é uma das dificuldades que advieram com a deflagração da greve de funcionários da Agrodefesa. Servidores do órgão em Iporá e que atende toda região estão de greve. Em razão disso os produtores que participam de leilões de gado e que, com isso, precisam da emissão de GTA, precisam se dirigir a outra cidade, onde hajam servidores atuando, para conseguir o documento necessário para que um animal se desloque ao local de leilão.
As dificuldades estão atingindo várias empresas da região. Em Rio Verde, no Sudoeste Goiano, onde há um dos maiores leilões de Goiás, tem 15 diz que não são realizados os leilões de gado, causando um grande prejuízo. Em Palmeiras de Goiás, um leilão tradicional de toda segunda-feira, deixou de ser realizado no último dia 6 por falta de obtenção do GTA. Em Iporá estão sendo realizados os leilões, porém os GTAs são obtidos em escritórios da Agrodefesa onde existem funcionários que estejam trabalhando, no cumprimento do percentual de 30% de servidores em atividade. Isso demanda que os comerciantes tenham que deslocam dezenas de quilômetros para ir até um escritório em funcionamento.
Entre os que são do ramo há uma incerteza quanto aos próximos leilões agendados. Não se sabe se será possível, uma vez que dependem da Agrodefesa, órgão que emite a documentação necessária para o evento. E quanto aos empregos gerados pelos leilões, calcula-se que em Iporá e região sejam mais de duzentos, dentro diretos e indiretos. Os servidores em greve do órgão reclamam por mellhores salários.