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Dia da Mulher: Em nome destas, nossa homenagem a todas elas!!!

Ocupando espaços cada vez mais ousados na sociedade, e sem deixar de ser esposa, mãe e um ser de muito amor!!! Esta é a mulher, a homenageada da data! Parabéns, Adélia, Clea, Dalva, Dayse, Elza, Leopoldina, Magnólia, Maura Antônia, Maura Bueno, Miriã, Norma e Rosemira. Parabéns para todas mulheres de Iporá e região. Elas fazem a vida ser melhor. Mulher é sensibilidade e ternura. E no mundo moderno, a mulher faz a diferença em favor de relações mais fraternas. Parabéns, mulheres!

Salve 8 de março, Dia Internacional da Mulher! Conversamos com 12 mulheres da região. Aqui vai um pouquinho de cada uma delas.


Adélia Moura, dona de casa
A iporaense Adélia Moura é também ativista comunitária. Tem história de luta. Disse-nos que assim como a mulher branca, a NEGRA luta pelo seu espaço, mas essa luta se dá com maior dificuldade, pois o preconceito barra a tentativa de crescimento e afirmação de sua identidade social. Ela acredita que todas as esferas de governo devem levar em consideração, as lutas e conquistas das mulheres, principalmente das NEGRAS que os movimentos e as políticas sociais sejam voltadas para as mesmas, fazendo valer as ações afirmativas garantidas por lei. Adélia espera que nenhuma mulher seja vítima de femicídio, racismo, sexicismo. Convida todas a não soltar a mão uma da outras.

 


Clea Cunha, professora aposentada
Moradora da Vila Brasília, Clea Cunha, professora aposentada é poetisa premiada. Disse ao OG que nunca sofreu discriminações pelo fato de ser mulher, porém, a não ser pelo fato de não ter tido o salário igualitário dos homens, embora com a mesma função do cargo ao qual exerceu no serviço público. Ela afirma que recontar a história do Dia Internacional da Mulher é reafirmar a luta das mulheres inseridas na transformação geral da sociedade e é recompor-se de dignidade outrora reprimida. Enfatiza que todos os dias são dias das mulheres, que batalham pelo seu espaço.


Dalva, cozinheira
Ela está presente em grandes eventos de Iporá como cozinheira profissional. Talentosa na cozinha. E luta pela vida! Luta muito. Disse a este jornal que a sociedade nega às mulheres respeito por suas escolhas, nega também reconhecimento pela importância do trabalho que se exerce na comunidade, cada uma na sua área específica. Ela espera que a sociedade e poder público abrace a causa das mulheres e dê oportunidade para que a mulher tenha o direito de exercer qualquer função com igualdade salarial e com devido respeito ao serviço prestado. Ela parabeniza as mulheres pela data!

 


Dayse, esposa, mãe, advogada e de luta por Iporá
Dayse Vilela tem muita presença atuante em Iporá. Já foi presidente da Associação de Combate ao Câncer em Iporá (ACCI). Ela afirma que talvez sofra preconceito ou discriminação, mas de forma velada. Mas diz que não poderia deixar de aproveitar esse espaço para dizer: “se não acontece comigo, não significa que não acontece com outras mulheres. Fazemos parte de uma sociedade que é preconceituosa e discriminadora com as minorias, com o gordo, com a mulher… E se a mulher é negra, se é pobre, se não tem qualificação, mais vítima ainda. É o que as estatísticas mostram, não é “mimimi” como gostam de afirmar os insensíveis, especialistas em ignorar a dor do outro”. Acredita que o poder público, em todas as esferas, precisa possibilitar educação e qualificação às mulheres, em especial àquelas que são vítimas de violência. Para essas, julga imprescindível a ampliação da rede de proteção, inclusive com vagas nas casas que servem de abrigo e a instalação de delegacias especializadas no atendimento à mulher, em que esse atendimento seja realizado por mulheres com perfil adequado para atuar em prol dos seus interesses.

 


Elza Pedra, funcionária pública
A religiosa e servidora pública Elsa Maria de Sousa Soares (Elza Pedra) é esposa do Pastor Luís Carlos , fundador do Desafio Jovem de Iporá. Afirma que não sente discriminação por ser mulher, ao contrário, foi criada por um pai que confiava nas suas filhas e mesmo na década de 60/70, muitos nem tinham carros, meu pai já colocava as filhas com 12 anos para aprender dirigir. Elza espera que as mulheres sejam tratadas com respeito e sejam remuneradas como qualquer outro profissional, independente de sexo e sim de acordo com as competências e área de atuação. Quanto a política, que a mulher seja convidada e ser votada nas eleições, para fazer a diferença na sociedade e não apenas para preencher a cota de um partido. Afirma que a mulher não quer ser superiores aos homens, quer ser o que são: mulheres, cada uma com seu valor desde bebê até a  velhice.

 


Leopoldina Cândida, professora aposentada
Ela atuou 25 anos na educação e tem muitas histórias para contar. Atuou na merenda escolar. De florista e decoradora de igreja despertou nela o desejo pela educação e de trabalhar com crianças. Tornou-se professora. Sente-se vitoriosa. Afirmou que não sentiu preconceito contra ela. Atualmente tem um grupo de orações no lado sul da cidade de Iporá, formado por pessoas de religiões diversas e que visa, no contato com Deus, defender a família. É membro da Igreja Cristã Evangélica e parabeniza as mulheres.


Magnólia da Hora dos Santos, catadora de latas
Esta aqui é de muita luta. É vista pelas ruas de Iporá, principalmente nos eventos, a catar latas de cerveja as quais vende para ganhar a vida. E nesta luta criou os filhos e ajuda a criar os netos. Desde 1996, quando foi inaugurado o Lago Pôr-do-Sol, ela está por ali, catando latas. Em dias de muladeiros ou de pecuária, ela entra para dentro do Parque Agropecuário e fica por lá até 3 dias seguidos, dormindo lá dentro, catando latas. Diz ter o apoio das pessoas para isso, que lhe dão, por exemplo, lá dentro do Parque Agropecuário, comida e local para dormir um pouco. Magnólia não reclama da vida. Diz que se sente feliz. Ela tem 81 anos. Criou 6 filhos. Convive com os netos, ajudando cada um a tomar um rumo bom na vida. Dona Magnólia mora no Bairro do Sossego. Muitos aprenderam a ir lá no endereço dela levar latas de cerveja. Este tipo de lixo, para ela, significa dinheiro!

 


Maura Antônia, empresária na área de educação
Muito respeitada em Iporá, com sua luta em favor da educação de qualidade. Maura Antônia representa muito bem a mulher de luta e de resultados! Foi inicialmente, professora e só após 22 anos de exercício do magistério, passou a gestora e mantenedora de uma instituição de ensino por acreditar que a educação pode fazer a diferença na sociedade. Afirma que nunca sofreu nenhuma discriminação por ser mulher e empresária, que sempre foi recebida com atenção e respeito nos diversos segmentos dos quais faz parte e onde frequenta. Ela espera que o Poder Público ou a sociedade, que proporcione paraque  a mulher tenha melhor tratamento. Espera que a mulher seja respeitada e valorizada com igualdade salarial, com consideração e respeito. Pensa ainda que esta questão é cultural e para mudar uma cultura é necessário iniciar na família, na escola e em todos os âmbitos sociais. Ela diz acreditar na força e sabedoria da mulher para fazer ‘mudanças’ no meio em que vivemos, seja qual for a sua raça, credo religioso ou profissão.

 


Maura Bueno, professora e liderança religiosa
Maura Bueno afirma que só se sentiu discriminada por ser mulher em duas situações que foram fundamentais para que ela fosse o que hoje é. A primeira delas foi em casa com seu próprio pai, quando terminou o ensino médio e quis ir para Goiânia continuar meus estudos, e seu pai lhe disse, com todas as letras, que apesar do seu ótimo desempenho como aluna, ele não iria gastar dinheiro com estudos para filha mulher. Graças a Deus e ao apoio da sua mãe conseguiu convencê-lo a lhe deixar ir, o que ele fez com uma condição – de que não lhe  daria nem um centavo para suas despesas, teria que arrumar emprego e se manter sozinha, e assim foi até ela se formar e voltar para casa. A segunda vez foi na igreja. Sempre foi apaixonada pela Bíblia e desejava muito ensinar o que aprendia, mas na época da sua juventude mulher não ensinava na igreja, exceto, para crianças e adolescentes, e ela queria ensinar para jovens e adultos. Com esforço, superou também esse preconceito. Maura clama por respeito e valorização, em especial, no que tange as leis para que haja para as mulheres igualdade de oportunidades de trabalho e de salários. Diz que não é a favor de leis que beneficie ou favorece as mulheres pelo simples fato de ser mulher. Deseja sim, leis que garantam direitos e oportunidades iguais entre homens e mulheres, para situações de igualdade. Afirma às mulheres: “mulheres, amem o fato de ser mulher, reconheçam o privilégio de ser mulher geradora de vidas, formadoras de carácteres e edificadoras de lares. Agradeça a Deus pela dádiva de ter nascido mulher e poder desempenhar com alegria e honra o papel, a missão dadas por Ele, nosso criador, para que desempenhássemos esse papel”.

 


Miriã, prefeita de Israelândia
Em um país de predominância machista também no meio político, ela chegou a condição de prefeita de uma cidade. Conversou conosco sobre sua condição de mulher. Miriã Dantas afirma que hoje em dia acha que não lhe é negado preconceito pelo fato dela estar a frente de um município, mas já foi desrespeitada por morar só com seus filhos, sem a figura masculina, já se sentiu impotente em relação ao atendimento público, atendimento esse o qual ela busca fazer o melhor. Ela espera a voz feminina ter o mesmo alcance e a mesma seriedade que homens de bem dentro da política. Acredita que a mulher tem mais sensibilidade em alcançar de fato o que as políticas públicas visam para diminuir as desigualdades sociais. Acredita que as mulheres tem opiniões que podem transformar o lugar onde realmente vivem as pessoas, pois são mais sensíveis em cuidar desde a gestante até educação universitária do seu filho. Cita que no dia da Mulher, deve-se substituir as flores por respeito, o chocolate por zelo, e os elogios por cumplicidade. Para ela, “Mulher virtuosa quem a achará? O seu valor muito excede ao de rubis”, trecho de Provérbios 31.10.

 


Norma, agricultora
Além de dona de casa, ela é agricultora. Com o marido Dorivaldo Rocha, em um pequeno sítio ao lado de Iporá, ela se desdobra em trabalho. Trabalha muito. E diz que até prefere o trabalho na lavoura. E assim tem sido durante anos. E acredita que tanto faz o homem na cozinha ou a mulher na lavora. Isto não importa. Que um ajude o outro. Na família dela é assim. E o Doro e a Norma estão progredindo em um sítio que produz muito. Com diversos plantios e criação de animais: galinhas, coelhos e rãs. Norma afirma que existe preconceito contra a mulher, principalmente contra aquela que se propõe a fazer um trabalho mais humilde. Norma parabeniza a mulher pelo seu dia, 8 de março!!!

 


Rosemira, dona de casa e no zelo pela casa dos deficientes físicos
Além das coisas da casa, ela sempre dedicou parte de seu tempo para um trabalho voluntário na Casa dos Deficientes Físicos de Iporá. Faz isso junto com seu marido Pedro Leão (Pedrinho da Mevil). Ela firma que, às vezes, ainda sente discriminação por ser mulher. “Muitas pessoas buscam uma referência masculina no momento de tratar assuntos administrativos ou não dão a mesma credibilidade para as opiniões por ser de uma mulher”, afirma Rosemira, a Rosa. Do poder público ela espera ações para as leis serem implementadas e para conscientizar a sociedade que deve cada dia mais respeitar e valorizar o ser Mulher e seu potencial para ocupar qualquer espaço. A comunidade ainda manifesta preconceito com mulheres que ocupam postos na política, por exemplo, e o tratamento é muito desrespeitoso. A esperança é que haja avanços na educação e que as novas gerações rompam com os ranços do machismo. Ela diz deixar um abraço fraterno a todas as mulheres nesse dia especial!!!

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