Eu não quero flores! Não preciso de homenagem masculina nenhuma. E menos ainda com flores. Obrigada! O que realmente preciso é saber que as mulheres serão mais femininas umas com as outras. Por vezes, até mais maternais!
Preciso parar de ouvir que o marido traiu a esposa porque ela era gorda como já ouvi e, fiquei sem ação, porque veio naturalmente, de uma mulher que eu admirava. Preciso parar de ouvir que aquela mulher ali é chata demais! O que é ser chata? Porque definir umas às outras assim? O mundo de cada uma de nós é lindo, mesmo que não seja parecido.
Desde pequenas, somos incentivadas a competir umas com as outras pela atenção dos homens. Somos ensinadas a odiar as outras mulheres porque elas são falsas, chatas, dramáticas. Nos ensinam como diminuir, machucar e humilhar outras mulheres nem que seja para parecer mais esperta que todas as outras. Isolamos aquelas de quem não gostamos exigindo que não andem com ela porque ela é chata, falsa, não gosta disso ou daquilo, veste mal e outras explicações superficiais.
“Essa é uma estratégia muito cruel do patriarcado para evitar que nós, mulheres, nos tornemos aliadas. Para evitar que nós conversemos de forma sincera sobre as nossas opressões e que percebamos que, juntas, somos fortes – mas que, isoladas, somos manipuláveis.” Na nossa sociedade, é revolucionário ser mulher e ter amigas mulheres.
E quando eu digo “amigas mulheres”, não quero dizer aquelas que fofocam com você sobre outras mulheres. Quero dizer as amigas que, se você ligar dizendo que está mal, vão parar tudo para te ouvir. É revolucionário quando ouvimos uma mulher colocar a outra pra cima dizendo: Você está linda!
Tente. tenho certeza que você consegue aquele emprego, você é muito inteligente e determinada! Quantas vezes você ouviu um elogio de uma outra mulher, exceto da sua mãe?! Pense nisso! Já ouviu um incentivo de outra mulher? Preciso ouvir que há muitas, muitas mulheres que te incentivam, ao invés de te colocarem para baixo em nome da “sinceridade”.
Preciso que sejamos mais humanas, com nós mesmas. Preciso que tenhamos mais respeito umas com as outras antes de pedirmos isso aos homens! PRECISAMOS!
De Polliana Alves, de Iporá
