Desde a comunidade de Pilões, tendo vindo para Iporá, a reza por Santo Antônio e São Padro, atravessa anos e já é prática centenária, que perdurou por mais de uma geração, dentro da mesma família.
Nesta sexta-feira, dia 28, mais uma vez isso acontece em Iporá, na residência de Dona Marcelina Roberto Martins. A pedido de antepassados, a reza tem que continuar, avisa ela.
Dona Marcelina é viúva, mãe de pessoas conhecidas na sociedade iporaense. Esta semana a família está empenhando no convite para esta reza e leilões. Eles contam que isso se deve a graças alcançadas por intercessão dos santos nos quais são devotos.
O terço centenário ocorre nesta sexta, na Rua Limeira, 100, a partir de 19 horas.
A família de Dona Marcelina, conhecida como Família Pilão, foi citada no livro TONICO, de Valdeci Marques. Em certo trecho daquela obra, se lê o seguinte: “Tempos de carros de bois transportando riquezas para outras cidades… Imagine a luta de fazendeiros pioneiros, como Francisco Pedro da Silva, o Chico Mariano, com sua esposa Joana Batista de Paula; o Antônio Teixeira, com a sua Maria Afonso, estabelecidos na Fazenda Bugre na década de quarenta. Para chegar neste 1988, há cores na pele que simbolizam honradez e trabalho, de quem lembra o Rio Pilões ou a Chácara das Pitombas. José Roberto Martins virou Zé Pilão. Joaquim Pereira dos Santos virou Joaquim Pitomba. Um se casou com a Marcelina e outro com a Roselita: famílias honradas! Dois garimpeiros que representam bem a origem de Iporá”.