Ser o prefeito nota10 é tarefa dificil. Emplacar mesmo, ser tido como grande prefeito, realizador, transformador… Hum! Algo difícil… Muito dificil. As demandas populares são muitas. E os recursos? Nunca são possíveis para tudo. Daí vem a impopularidade que amarga nossos prefeitos da região (e quem sabe até do Brasil). São poucos os prefeitos que conseguem se destacar ao ponto de se dizer dele: oh! Que grande prefeito!
Queremos avaliar o fator popularidade em uma gestão pública. O nível cultural de nosso povo, que ainda deixa a desejar, é também agravante para que os prefeitos não consigam boa popularidade. É que quase sempre o povo é desinformado ou, pelo menos, não possue informações detalhadas ao ponto de se fazer um julgamento preciso sobre o trabalho de um prefeito. Será que o povo conhece quanto é a receita do município e quais são as despesas? Não, geralmente, não sabe… E se não sabe, como é capaz de saber se a Prefeitura pode ou não pode satisfazer uma necessidade da população? Se não sabe, impossível julgar. E se ariscar julgar, poderá ser injusto ao emitir sua opinião.
A falta de investimento de prefeitos em uma eficiente política de comunicação também é motivo para que amarguem a impopularidade. Se por um lado o povo tem dificuldade de se informar, somado com a falta de esforço da gestão em se comunicar, aí o problema se agrava. Desinformado, o povo não levará em conta certas questões ao dar uma nota para o prefeito. Temos administradores na região que não sabem fazer essa eficiente comunicação, a qual pode ser de diferentes modos: impressos, jornais, internet, carro de som, enfim, para cada caso, há uma forma de se fazer a informação chegar ao povo.
Existem na política os gestores com perfil fechado, recatados, sisudos, os quais geralmentre não são felizes em eleições, mas quando vencem e assumem, são exageradamente “administrativos” e de poucas relações públicas. Sem o “tapinha nas costas”, sem o sorriso amistoso, o eleitor sente que não é querido e desgosta do seu prefeito. É triste ter que admitir que boa parte do povo ainda gosta dessa secular hipocrisia de um contato com seu prefeito, aquela enrolação, demagogia de declaração de amizade, etc… O povo é carente e se o prefeito é ausente, aí vem a frustração… Claro que não devia ser assim. O povo precisava analisar tão somente o resultado do trabalho administrativo, mas não… O povo quer companhia. E prefeito não tem tempo.
Se prefeito correto já é impopular, imagine os mal intencionados…
Os prefeitos mal intencionados, esses estão numa situação pior e as chances de obter boa popularidade ficam ainda menores. Se os recursos dos municípios já são poucos para atender a população, imagine se houver desvios, aí é que prefeitos não vão conseguir mesmo atender as necessidades essenciais do povo. Infelismente, existe muita corrpução por aí…. Esse é o grande mal. De um prefeito corrupto é bem mais difícil vê-lo alcançar a aceitação popular. Sua desonestidade vai abalar o seu conceito. Ou por que a oposição vai fazer o seu papel e desmascará-lo ou porque ele realmente não priorizou o povo. Não terá como ser bem avaliado. Vai faltar dinheiro público para servir ao próprio povo.
Enfim, por várias razões, ou pelas dificuldades próprias de uma gestão municipal, ou em razão das más gestões (e até da corrupção), os prefeitos não estão se destacando tanto… As exceções são poucas. Ter um prefeito bom pagador de seus compromissos e honesto já será um bom começo. Quando se tiver mais recursos nos municípios haverá mais chance de destaque para os administradores. Atualmente mais de 70% dos recursos ficam com as outras esferas do poder (estadual e federal). É preciso revisão do pacto federativo. Mas se transferir mais dinheiro aos municípios é preciso também que haja mais poder de fiscalização nas formas de aplicação deste recurso público. E mais fiscalização depende também do nível cultural de nosso povo e nossos vereadores. E quando se trata de nível cultural, isso só melhora devagar, devagarzinho, bem devagar, infelizmente…
