Surgimento da Igreja Assembleia de Deus: muita fé e milagres aqui e ali. Neste capítulo, em Montes Claros de Goiás, um fato da década de 50. Estamos, a cada segunda-feira, publicando aqui trechos do livro QUANDO SAMAMBAIA PEGOU FOGO, de Moizeis Alexandre Gomes. Vamos à leitura:
CAPÍTULO 17
FOGO DO CÉU
REDUZ A CINZAS BANQUETE ENVENENADO
Pois ele te livrará do laço do passarinheiro e da peste perniciosa. Cobrir-te-á com as suas penas, e, sob suas asas, estarás seguro. Nenhum mal te sucederá, praga nenhuma chegará a tua tenda. E eis que estou convosco todos os dias até a consumação do século. (Salmo 91. 3,4 e 10; Evangelho Segundo Mateus 28.20).
O milagre relatado neste testemunho ocorreu na década de 1950, na região de Salobinha, atual Montes Claros de Goiás, naqueles tempos em que os “pentecostes” eram considerados adeptos de uma seita de hereges e até perseguidos por pessoas mais radicais em questões de religião. Certo fazendeiro, que detestava os crentes da Assembleia de Deus, resolveu então aprontar uma armação maléfica contra eles.
Fingindo demonstrar-se amigável com “os irmãos pentecostes” e interessado em ouvir o Evangelho, convidou-os para realizarem um culto em sua fazenda, prometendo também servir-lhes um almoço. Chegado o dia, os irmãos da região se fizeram presentes. Dirigiram o culto, onde louvaram ao Senhor, testificaram das maravilhas que ele realizara no meio do seu povo, pregaram a mensagem do Evangelho e, por fim, fizeram o costumeiro apelo aos possíveis interessados em aceitar a Jesus Cristo como salvador de suas almas. Ninguém manifestou interesse em aceirar o convite, nem mesmo o fazendeiro anfitrião.
Encerrada a parte devocional, o fazendeiro convidou a todos para o “saboroso” almoço. Em uma sala espaçosa, uma grande mesa havia sido posta, servida com os tradicionais arroz e feijão, acompanhados de variados tipos de carnes e outras guloseimas. Grande número de pessoas rodeou a mesa. O obreiro que dirigira o culto tomou a palavra e, como de costume, convidou a todos para que orassem com ele dando graças a Deus por aquele generoso banquete.
Os crentes então fecharam os olhos e começaram a orar, agradecendo ao Senhor e pedindo sua bênção para o fazendeiro que o preparara. Quando terminaram a oração, um ar de espanto estava estampado nos rostos dos presentes, principalmente dos que “não eram crentes” e permaneceram de olhos abertos, pois viram quando fogo caiu sobre a mesa e queimou os alimentos dentro dos recipientes, reduzindo-os a cinzas fumegantes e a fumaça subindo no ar!
O fazendeiro, trêmulo e tomado de temor, confessou que havia posto um produto químico nos alimentos a fim de provocar forte diarréia (“caganeira”) nos crentes e, com isso, pretendiam se divertirem com a lastimável e humilhante situação deles. Todos foram para casa glorificando a Deus. Enquanto isso, onde chegava a notícia do livramento miraculoso, o nome do Senhor Jesus era exaltado e a cada dia novas conversões aumentavam o número dos salvos que iam se agregando à igreja naquela região.
