Portugal, assim como toda Europa, está na frente do Brasil na corrida pela vacina Anti-Covid. Altos percentuais de cidadãos europeus já foram imunizados. Em Portugal o número de vacinados chegou nesta segunda-feira, 24, a 5 milhões que tomaram a primeira dose. Esse número representa uma alta porcentagem para um país que tem população bem inferior ao Brasil. Por lá, já se programa flexibilizações, tanto na área econômica quanto de lazer.
Nesta segunda-feira, quando um portugues recebeu a vacina de número 5 milhões, a imprensa daquele país deu destaque a esse imunizado, o qual é pessoa ligada a Iporá. Ele é José Carlos Encarnação, senhor casado com uma iporaense, a professora Zaída Cruvinel. José Encarnação é homem culto, fala três idiomas, ligado a area de saúde, segmento de produtos farmacêuticos e, como tal, ao falar com a imprensa portuguesa, foi sábio em enfatizar a importância da vacinação dentro de um cenário de pandemia como este que estamos vivendo.
A reportagem do Oeste Goiano também falou com José Encarnação, a respeito de toda badalação de que foi alvo, na TV, rádio e imprensa escrita daquele país. Ele, com 60 anos, quando tomou a segunda dose da vacina, nas proximidades de Lisboa, foi informado de que as autoridades de saúde do país queriam falar com ele. Foi quando teve todo um evento em torno dele, já que no entendimento do Governo de Portugal, era importante que esse número marcante de 5 milhões fosse enfatizado para toda população em caráter educativo, já que por lá se empenha muito na importância e aceleração do processo de vacinação. Foram várias as entrevistas de José Encarnação para os principais meios de comunicação de Portugal. Com declarações sensatas, o português pode contribuir no testemunho em favor da importância da imunização.
A reportagem do Oeste Goiano, ao ouvir o português que já morou em Iporá, fez a ele duas perguntas:
01 ) Qual o paralelo que você vê entre a forma como autoridades brasileiras e portuguesas lidam com a pandemia?
José – As diferenças são enormes entre Brasil e Portugal, a começar pelo bom exemplo que o presidente brasileiro e outras autoridades não dão, tratando a pandemia sem a seriedade que se exige. Em Portugal, o Governo impôs cuidados rigorosos e que o povo respeitou. Tivemos zelo em distanciamento social, uso de máscara e higienização das mãos. Tivemos só 17 mil mortes. Somos uma população bem menor, mas dentro das proporcções, se fóssemos como o Brasil, iríamos ter 25 mil mortes. Em portugal já tem um número de vacinados que nos garante a imunidade de grupo.
02 ) Como é a história de amor entre você e a Záida?
José – Eu conheci a Zaída em Portugal, por volta de 2013. Eu fiquei viúvo e a Zaída era divorciada. Nossa relação evoluiu. Eu gostei muito dela e ela certamente gostou de mim também, do contrário não estaria casada comigo. Então ela teve que regressar ao Brasil, uma vez que ela é funcionária pública e estava de licença. Teria que reassumir o trabalho. E eu com trabalho em Portugal, tinha que concluir. Mas em seguida fui ao Brasil e casamos em Goiânia. Moramos em Iporá e até quis viver nesta cidade, mas não consegui trabalho na área que faço atuação que é da área da indústria farmacêutica. Não consegui trabalho na minha área em Iporá e nem em Goiânia e Anápolis. Ocorreu que eu tive que retornar a Portugal. Vim em julho e em setembro já estava trabalhando aqui. Estou aqui e ela no Brasil. A pandemia tem dificultado as viagens. Estamos aguardando a oportunidade de ficar juntos, o mais rápido possível. Falamos todos os dias. Gosto muito da Záida e de Iporá, cidade tranquila. Záida é especial! Vamos ficar juntos porque se a gente se casa é para ficar juntos. E estou me preparando para ir a Iporá para estar com ela.