Às 22:30 horas desta quinta-feira, 13, morreu em Iporá, no Hospital Municipal, a senhora Belina Rosa de Jesus, pioneira na região de Iporá. Ele tinha 102 anos e era das mais idosas pioneiras desta região, das primeiras famílias que chegaram para povoar este lado do Estado.
Depois de internação de emergência na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) com um quadro clínico de pneumonia, ela foi para internação no Hospital Municipal, onde faleceu por falência múltipla dos órgãos.
Dona Belinha foi velada no Salão da Pax Bom Fim e sepultada nesta sexta-feira, às 14 horas, no Cemitério Dom Bosco, no mesmo sepulcro de seu marido Pio Alves de Almeida.
O velório foi visitado por muitos descendentes da matriarca, que a prezavam muito! A história de vida dela e do marido foram relatadas no livro A FORMAÇÃO DA SOCIEDADE IPORAENSE. Segue:
Pio Alves de Almeida é um dos que veio do Prata, Minas Gerais, para também povoar esta região. Ele veio para a área rural, proximidades do local onde ia surgir Amorinópolis. Era o ano de 1935. Pio chegou casado com a Belina Rosa de Jesus que conheceu em Guapó, um ano depois de ter ficado viúvo. Belina uniu-se ao viúvo que já tinha duas crianças pequenas: Osvaldo, de 5 anos, e Edite, de apenas um ano. E além de zelar dos filhos do viúvo que tornara seu marido, teve com ele oito descendentes e ainda adotou mais um, de família que recusara criar seu filho. Esse apego da senhora Belinha com crianças a fez se tornar parteira de uma grande área rural, sendo procurada por muitos e em grandes distâncias. Através dela, mães da região da bacia do Caiapó desfrutaram de suas orientações na hora de dar a luz. Enquanto isso, Pio era lavrador e que muito trabalhou em lida rural, em regiões diferentes. Atuou em lida em diferentes fazendas na Jacuba e outras propriedades da bacia do Rio Caiapó. Pio ficou lembrado pelos descendentes por seu um homem de palavra, a qual sustentava a qualquer custo, mesmo que fosse em seu desfavor. Era aquele tipo de homem que mesmo com prejuízo para ele, sustentava o que tinha sido combinado. Pio e Belina somaram pessoas de valor a compor a sociedade. Foram seus filhos: Ilda (que se casou com Esperdião e tiveram os filhos Vanderley, Nilza, Aparecida, José, Vandico, Landico, Simone e Raul), Levino (que se casou com Valdivina e tiveram os filhos Sílvia, Aparecida e Selmy), Jesus (que se casou com Delaide e tiveram os filhos Divino, Euzeli e Elizângela), Roldão (que se casou com Antônia e tiveram os filhos, Idvan, Evanio, Luzeni, Rony, Suely, João e Tatiane), José (recém nascido morto), Maria (que se casou com João Batista e tiveram os filhos Eliane, Adriane e Junicleito), Wilson (que se casou com Iracena e tiveram os filhos Antonildes e Antônio), e teve ainda o filho adotivo Geraldo. Os filhos mais velhos são aqueles dois do tempo em que Pio Alves de Almeida ficou viúvo. A eles a Dona Belina dedicou toda atenção e também formaram famílias. Edite se casou com Manoel e tiveram os filhos Cleuza, Luzia, Divino e Vicentina. O outro é o Osvaldo que se casou com a Aurora. É uma grande descendência, de pessoas valorosas e que se ocupam de diversas ocupações profissionais. Alguns estão morando fora de Iporá. (Foto Pág. 62)